União Brasil teme influência de Bolsonaro no julgamento da inelegibilidade de Ronaldo Caiado no TSE.

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A relação entre os dois tem sido marcada por desentendimentos, como evidenciado nas recentes eleições municipais.

Integrantes do União Brasil demonstram preocupação com uma possível interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no julgamento da inelegibilidade do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A decisão da juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, que declarou Caiado inelegível por oito anos, gerou apreensão entre aliados do governador. A inquietação é maior devido ao papel que ministros indicados por Bolsonaro podem desempenhar no tribunal. A informação foi divulgada neste domingo (15) pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
Caiado foi declarado inelegível no último dia 11 de dezembro, mas aposta na reversão da decisão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás, onde acredita que seu recurso será acolhido. Contudo, o Ministério Público Eleitoral pode recorrer, levando o caso ao TSE, que julgará o processo sob a presidência de ministros alinhados ao ex-presidente.
Dois nomes preocupam o União Brasil: Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados por Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal e, por consequência, ao TSE. Nunes Marques assumirá a presidência do tribunal em junho de 2026, durante o período eleitoral, enquanto André Mendonça ocupará a vice-presidência.
Para a sigla, existe a possibilidade de Bolsonaro influenciar os ministros, especialmente devido ao histórico político que o liga a Caiado. Apesar de ambos compartilharem o mesmo espectro político, a relação entre eles é marcada por atritos recentes. Nas eleições para a Prefeitura de Goiânia, por exemplo, Caiado apoiou Sandro Mabel (União Brasil), enquanto Bolsonaro declarou apoio a Fred Rodrigues (PL).
Caiado, que concluirá seu segundo mandato como governador em 2026, já se posiciona como pré-candidato à Presidência da República, concorrendo no mesmo campo político de Bolsonaro. O desfecho do processo de inelegibilidade será crucial para definir seu futuro político e o equilíbrio de forças dentro da direita brasileira.
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