Política

SENADOR EFRAIM AGARRADO COM LULA:
União quer Manter os 3 Ministros e Impopularidade do Governo não Afeta Governabilidade, diz Efraim. (Matéria Estadão 05/03/25)

🅱️LOG SEM 🅰️RRUDEI🅾️

‘Ministros Juscelino Filho (Comunicações), Celso Sabino (Turismo) e Waldez Góes (Integração Nacional) têm apoio para permanecer nos seus espaços’, diz Efraim Filho, líder do União Brasil no Senado

O líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB), disse que o partido pretende manter os três ministérios que tem na Esplanada e que o recado já foi dado ao Palácio do Planalto. Efraim afirmou ainda que o ano de 2025 é de “travessia e governabilidade”, mas que a queda de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode influenciar nas negociações políticas e eleitorais em 2026.

Efraim Filho concedeu entrevista exclusiva ao programa Papo com Editor, do Broadcast/Estadão. Ele disse que conversou nos últimos dias tanto com o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, quanto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), sobre os cargos que a sigla ocupa no governo. Segundo ele, além de manter os três ministérios, a legenda não quer trocar os ministros.

“O entendimento do partido é permanecer com seus espaços e com os nomes, inclusive. Os nomes dos ministros Juscelino Filho (Comunicações), Celso Sabino (Turismo) e Waldez Góes (Integração Nacional) são referendados pelas bancadas e pelo presidente Davi e têm apoio para permanecer nos seus espaços”, afirmou. “O União Brasil não deseja abrir mão desses espaços nem trocar de ministérios. O partido quer manter os espaços e os nomes que já estão lá”, completou.

Dentro das negociações em torno de uma reforma ministerial, o União Brasil viu uma de suas pastas, o Ministério do Turismo, ser pleiteada por outro partido da base de apoio ao governo. Nos bastidores, o PSD, insatisfeito com o Ministério da Pesca, passou a dar sinais de que gostaria de ser contemplado com o Ministério do Turismo, ocupado por Celso Sabino.

Ministro do Turismo Celso Sabino ( Centro)  Senador Veneziano ( lado esquerdo aliado 5 estreia do Senador Efraim)

Segundo Efraim, Davi Alcolumbre fez questão de fazer chegar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva essa demanda do partido de manter os postos. “Davi é o grande interlocutor do União Brasil, desde antes de ser presidente do Senado. Continua sendo, agora mais empoderado ainda. Ele é quem tem feito essa interlocução e tem transmitido essa mensagem ao governo”, afirmou.

O líder do União Brasil no Senado disse que 2025 “é um ano de travessia, de governabilidade” e que as “discussões sobre eleição e apoio na eleição não estarão na pauta de 2025, serão pauta de 2026″. A declaração é um recado ao governo. Na primeira ampla reunião ministerial que fez neste ano, Lula afirmou que gostaria de conversar com os partidos aliados, mas que não sabia “se os partidos querem continuar trabalhando conosco ou não”.

Para Efraim, a queda de popularidade do presidente não deve afetar, por ora, o apoio dos partidos de centro ao governo. O problema para o Palácio do Planalto, segundo o senador, é que se essa impopularidade se prolongar, pode haver efeitos em 2026, quando a discussão terá mais elementos eleitorais.

“O sentimento do União Brasil é de que 2025 é um ano de travessia, de governabilidade. Discussões sobre eleição e apoio na eleição não estarão na pauta de 2025; serão pauta de 2026. Essa queda de popularidade claro que é um problema para o governo, que tem que estar atento a isso”, declarou.

O senador apontou dois principais pontos de atenção que o governo precisa melhorar, na sua visão: a articulação política e a comunicação. Antes da indicação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para a Secretaria de Relações Institucionais, Efraim defendia a indicação de um político de centro no lugar de Alexandre Padilha, que será deslocado para o Ministério da Saúde. Para a comunicação, disse que o governo precisa ser mais rápido.

“Quando se fala em agenda econômica, não se fala apenas em dólar, câmbio, taxa de juros, coisas que afetam primeiramente o mercado financeiro. Estamos falando de inflação, o preço dos alimentos, coisas que estão na vida real das pessoas, que não estão encontrando respostas no governo na velocidade que elas querem. Por isso, narrativas contrárias ao governo acabam ganhando mais espaço. Quem não lembra da crise do Pix, quando o governo demorou demais e a percepção da população era de que o governo queria patrulhar a vida das pessoas?”, disse.

“A queda de popularidade não vai afetar, de imediato, a questão da governabilidade, mas, para as eleições, em 2026, será essencial para que os partidos definam posição e lançamento de alianças ou de candidaturas próprias”, declarou.

Matéria Estadão

Por Gabriel Hirabahasi (Broadcast) e Luci Ribeiro (Broadcast)
05/03/2025 | 07h00
Atualização: 05/03/2025 | 07h49

https://www.estadao.com.br/politica/coluna-do-estadao/uniao-quer-manter-os-3-ministros-e-impopularidade-do-governo-nao-afeta-governabilidade-diz-efraim/?utm_source=estadao:whatsapp&utm_medium=link&app_absent=0

Blog Sem ARRUDEIO.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo