UMA DISTOPIA BRASILEIRA: O Futuro Sombrio em ‘Ainda que eu Ande pelo Vale das Sombras’.
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DISTOPIA: É uma realidade ficcional que se caracteriza pela representação de sociedades imaginarias nas quais prevalecem condições de vida opressiva, totalitárias e desumanas.
O escritor e jornalista Paulo Briguet lançou recentemente a primeira parte de seu conto “Ainda que eu ande pelo vale das sombras”, uma narrativa distópica que projeta um Brasil no futuro próximo sob um regime totalitário. A obra, publicada na Gazeta do Povo, promete provocar reflexões sobre os rumos da política e da sociedade brasileira.
Na história, acompanhamos Jorge, um veterano militante esquerdista, enviado em uma missão especial do Partido governante. No entanto, ao longo de sua jornada, ele se depara com uma verdade sombria que desafia suas convicções e coloca em xeque tudo o que acreditava sobre o regime em que vive.
Um dos trechos do conto já dá uma amostra do tom da narrativa:
“Observai o homem que se aproxima do confessionário. Ele vem cabisbaixo, com os olhos vermelhos e as faces pálidas, os cabelos em desalinho e as roupas amassadas de quem dormiu vestido e saiu de casa sem ao menos lavar o rosto. (…) Ajoelha-se e diz: ― Padre, eu preciso da sua ajuda.”
A obra de Briguet transita entre a ficção política e a análise crítica da realidade contemporânea, explorando temas como autoritarismo, culto à personalidade e controle ideológico. Com uma escrita envolvente e carregada de simbolismo, o conto convida o leitor a refletir sobre os desdobramentos políticos e sociais que podem surgir em tempos de radicalização.
A primeira parte de “Ainda que eu ande pelo vale das sombras” está disponível na Gazeta do Povo, e a continuação promete aprofundar ainda mais a jornada de Jorge rumo ao desconhecido. Para aqueles que apreciam uma boa distopia com forte carga política e filosófica, a leitura é indispensável.
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