Política

ACORDA DO SONO É NECESSÁRIO: A Esquerda, o Povo e o Fenômeno Bolsonaro.

🅱️LOG SEM 🅰️RRUDEI🅾️

Por muitos anos, a esquerda dominou o Brasil — e não foi com gritos ou bandeiras empunhadas, mas com a sutileza de quem sabe infiltrar-se nas estruturas mais profundas de uma nação: cultura, educação, imprensa, instituições e costumes. Quando o povo finalmente notou, a bandidagem já não estava só à porta — já jantava na sala, brindando com o suor da viúva.

O fenômeno Bolsonaro não foi o início de nada, mas sim o alarme que tocou quando o estrago já estava feito. Ele acordou um Brasil anestesiado, embriagado pela ilusão de que liberdade e prosperidade são automáticas — frutos que brotam sozinhos do chão, sem luta, sem vigilância.

O problema é que, ao despertar, o povo apenas quis expulsar os bandidos e voltar a dormir. Como os “idiotas” da Grécia Antiga — aqueles que se recusavam a participar da vida pública —, muitos brasileiros desejam retornar aos seus afazeres pessoais, fingindo que o dever cívico é coisa para os outros. Acordaram, viram o fogo, jogaram um balde d’água e voltaram a sonhar.

Mais grave ainda são os que culpam Bolsonaro por tê-los despertado. Queriam continuar no conforto da inconsciência, onde tudo parecia em ordem, ainda que a casa estivesse sendo tomada por dentro. A liberdade, pensam eles, é como o ar: sempre esteve ali, sempre estará.

Mas liberdade não é bem gratuito. Ela precisa ser conquistada, preservada e, muitas vezes, reconquistada — com vigilância, coragem e ação. Enquanto o povo esperar que alguém como Bolsonaro faça por eles aquilo que deveriam fazer por si mesmos, continuarão sendo massa de manobra, não protagonistas.

A política, para alguns, parece ser “uma merda” a ser evitada, como se ignorá-la fosse uma forma de nobreza. “Tantas coisas fascinantes nesse mundo, e o povo fica aí discutindo política”, dizem. Esquecem-se de que é justamente essa indiferença que permite a ascensão dos piores.

O preço da liberdade é a eterna vigilância. E se o Brasil quiser mantê-la, não poderá mais fingir que política é problema dos outros. O despertar precisa ser seguido de ação — ou voltaremos a dormir em silêncio, enquanto outros escrevem o destino por nós.



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