TRARIFAÇO DETONA INDÚSTRIA DE METAIS: Vale e Gerdau Perdem Bilhões em Meio ao Caos Global.
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R$ 26 bilhões evaporam da Bolsa com tensão China-EUA; setor pede socorro enquanto governo assiste inerte
A indústria brasileira de metais está em queda livre. Em apenas dois dias, o setor viu R$ 26 bilhões sumirem da Bolsa de Valores, puxados pela derrocada das ações da Vale (R$ 20 bilhões em perdas) e da Gerdau (R$ 2,14 bilhões). O motivo? Um tarifaço global, somado à crescente tensão comercial entre China e Estados Unidos, que empurra o mundo para a beira de uma desaceleração econômica — e o Brasil junto.
A percepção no mercado é clara: o acordo entre as duas maiores potências do planeta está cada vez mais distante. Isso tem pressionado os preços do minério de ferro e derrubado a confiança dos investidores. A tempestade perfeita se formou — e as empresas brasileiras estão no olho do furacão.
Para tentar reagir, a Gerdau anunciou um investimento robusto de R$ 5 bilhões em 2024, numa tentativa de se proteger da avalanche de aço chinês, que invade o mercado com preços aviltados. O CEO da companhia, Gustavo Werneck, fez um apelo direto ao governo brasileiro: é hora de reagir. Ele propôs a aplicação imediata de uma tarifa de importação de 25% sobre o aço estrangeiro, como já adotaram Estados Unidos, Europa e México.
“Estamos lutando contra um tsunami de importações desleais. Ou o Brasil se posiciona, ou seremos engolidos”, disparou Werneck.
Enquanto isso, o preço do minério de ferro segue instável. Mesmo com uma leve alta após a divulgação de um crescimento de 2,9% na produção de aço chinês, a ausência de novos estímulos do governo chinês jogou um balde de água fria nos mercados. O contrato de janeiro na Bolsa de Dalian caiu 1,17%, fechando a 800,5 iuanes por tonelada.
O governo brasileiro, por enquanto, permanece em silêncio diante do colapso iminente. Para analistas, essa paralisia pode custar caro. “O Brasil precisa proteger sua indústria. Sem ação, veremos mais empresas perdendo valor, empregos sendo cortados e investimentos sendo congelados”, alerta um economista do setor.
O alerta foi dado. A destruição de valor já começou — e, se nada for feito, o impacto será profundo e duradouro.
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