Política

SOCIALISMO: Quando Nem os Alemães Fizeram o Socialismo Funcionar.

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O contraste entre as duas Alemanhas evidencia o fracasso do regime socialista – e a busca desesperada de um povo por liberdade.

Quando se fala em produtividade, organização e eficiência, poucos povos no mundo são tão reconhecidos quanto os alemães. Ainda assim, nem mesmo essa excelência foi capaz de fazer o socialismo funcionar na Alemanha Oriental. A divisão do país após a Segunda Guerra Mundial deu origem a dois mundos completamente distintos – e desiguais – dentro de uma mesma nação.

De um lado, a Alemanha Ocidental (República Federal da Alemanha) abraçou o capitalismo com um modelo econômico liberal, mas com forte presença estatal. O resultado foi o chamado “milagre econômico alemão” (Wirtschaftswunder), que nos anos 1950 e 60 transformou ruínas em progresso, pobreza em prosperidade.

Do outro lado do muro, a Alemanha Oriental (República Democrática Alemã), sob o jugo socialista e sob influência direta da União Soviética, mergulhou em estagnação econômica, escassez e repressão. As promessas de igualdade deram lugar ao medo e à pobreza. O contraste era tão evidente que milhões de cidadãos da RDA tentaram escapar – muitos deles arriscando a vida para alcançar a liberdade do lado ocidental.

Um símbolo trágico dessa fuga desesperada foi o jovem pedreiro Peter Fechter, de apenas 18 anos. Em 17 de agosto de 1962, ele tentou atravessar o Muro de Berlim, mas foi alvejado por soldados da Alemanha Oriental. Ferido, caiu na temida “faixa da morte” e agonizou por quase uma hora, à vista de soldados e civis, sem que ninguém o ajudasse. Morreu ali, vítima do regime que dizia protegê-lo.

O episódio chocou o mundo e escancarou o verdadeiro significado do muro: não era apenas concreto dividindo territórios, mas uma fronteira entre liberdade e opressão.

A imagem das multidões atravessando as fronteiras no dia 9 de novembro de 1989, quando o muro finalmente caiu, responde com clareza uma pergunta que ainda hoje ecoa em debates ideológicos: quando o povo teve a chance de escolher, para qual lado correu?

Mais do que um momento histórico, o colapso do socialismo alemão é uma lição que permanece atual. Nem mesmo um povo conhecido por sua disciplina e competência conseguiu transformar um regime autoritário em algo funcional. A liberdade econômica e política, mesmo com imperfeições, mostrou-se incomparavelmente superior.

E quando alguém vier defender o socialismo como solução, vale lembrar da história – e de Peter Fechter.

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