Política

“QUANDO MORRE UM PAPA, CALAR-SE UM PAI: Francisco, o Guardião do Silêncio, parte em paz. (Aos amigos e amigas católicalos)”

🅱️LOG SEM 🅰️RRUDEI🅾️

Este cronista de sete leitores ainda era muito pequeno para compreender toda a dimensão da dor quando morreram os papas Paulo VI e João Paulo I — este após um brevíssimo pontificado de 33 dias —, mas guarda no coração o pranto pelas mortes de João Paulo II, há exatos 20 anos, e de Bento XVI, no último dia daquele fatídico 2022. A dor e o pranto voltam agora. Morreu nosso papa; morreu nosso pai.

Acabei de perder um pai; por isso peço a todos, amigos e inimigos, que respeitem a minha dor e não venham agora falar mal dele. Adiem as críticas, segurem os adjetivos, silenciem as sentenças.

Léon Bloy dizia que o acaso é o nome moderno do Espírito Santo. Portanto, um mundo incapaz de crer na vida eterna e indiferente ao Logos — o sentido maior que estrutura a realidade inteira — chamará de coincidência o fato de que o Santo Padre tenha partido exatamente um dia depois da Páscoa de Nosso Senhor.

Nos últimos dias percebemos quanta coisa pode acontecer em apenas uma semana. Vimos o Senhor entrar em Jerusalém montado em um jumentinho e ser saudado pelo povo; vimos o povo, em decisão democrática, pedindo a Sua condenação e a soltura de um bandido revolucionário; vimos o homem que Ele escolheu para chefe da Igreja negá-lo por três vezes; vimos o próprio Logos sendo humilhado, cuspido, torturado e crucificado; ouvimos as suas sete palavras no Calvário; fizemos silêncio no Sábado em que apenas uma frágil criatura — Maria — guardava a fé de toda a Igreja; e finalmente descobrimos o túmulo vazio e o Universo plenificado pela Ressurreição.

De tudo que o Papa Francisco fez em seus 12 anos de pontificado — e ele fez muitas coisas boas —, vou guardar com especial zelo em meu coração a imagem da mensagem Urbi et Orbi na Praça de São Pedro, em 28 de março de 2020, no início da pandemia.

Hoje a praça estará cheia; deixo aos meus sete leitores a lembrança do dia em que ele falou diante de ninguém — e ao mesmo tempo para todo o Cosmos.

Naquele dia, ele rezou por nós.
Agora nós rezaremos por ele.

Autor da homenagem- Paulo Antônio Briguet

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