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UM MUNDO MELHOR : Cidade do México dá adeus às touradas sangrentas e entra em nova era de espetáculos sem violência

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Cidade do México — Após mais de cinco séculos de tradição, a capital mexicana virou a página de uma das práticas mais controversas de sua história: as touradas com abate. Em uma votação histórica, o Congresso da Cidade do México aprovou por 61 votos a 1 a proibição do uso de objetos cortantes e do abate de touros durante os eventos, abrindo espaço para o que está sendo chamado de “touradas sem violência”.

A medida foi amplamente celebrada por organizações de defesa dos direitos dos animais, que há décadas pressionam por mudanças. “É um dia histórico. A Cidade do México envia ao mundo uma mensagem clara: a vida e o bem-estar dos animais importam”, disse Mariana Huerta, porta-voz da ONG Protección Animal Ya.

A prefeita Clara Brugada também elogiou a aprovação da lei, afirmando que a cidade está em sintonia com um “novo paradigma de compaixão e respeito”. Para ela, a decisão reforça o compromisso da capital com os direitos humanos e animais, sem ignorar os desafios que a transição exigirá.

Mas nem todos comemoraram. Do lado de fora do Congresso, centenas de aficionados pelas touradas e trabalhadores do setor protestaram contra o que consideram um ataque à identidade cultural mexicana. “As touradas são arte, são tradição. Não se pode apagar 500 anos de cultura com uma canetada”, disse Alejandro Torres, criador de touros de lide.

Estima-se que cerca de 226 mil empregos em todo o país estejam ligados direta ou indiretamente à indústria das touradas — desde criadores e toureiros até comerciantes e produtores rurais. Para muitos desses profissionais, a nova legislação representa incerteza e perda.

Especialistas apontam que a decisão da Cidade do México pode influenciar outras regiões do país a seguir o mesmo caminho, provocando uma reavaliação nacional sobre o papel das touradas na sociedade contemporânea.

Enquanto a praça de touros La Plaza México, a maior do mundo, se adapta ao novo cenário, o país se encontra diante de um dilema: como equilibrar tradição e progresso em uma sociedade cada vez mais sensível às questões éticas e ambientais?

Por ora, o México inicia uma nova fase — menos sangrenta, mas certamente ainda repleta de debate.

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