🅱️LOG SEM 🅰️RRUDEI🅾️
O barco do governo Lula começou a fazer água — e o PDT foi o primeiro a pular fora. Nesta segunda-feira (6), a bancada do partido na Câmara anunciou oficialmente o rompimento com a base aliada, em resposta direta à saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social, considerada unilateral e sem diálogo.
A exoneração de Lupi ocorre em meio ao escândalo do INSS, que expôs descontos ilegais aplicados sobre benefícios de aposentados. O episódio gerou forte desgaste político e aumentou a pressão sobre o Palácio do Planalto, já enfrentando dificuldades para manter coesa sua base no Congresso.
Segundo lideranças do PDT, a substituição de Lupi foi conduzida de forma autoritária. A nomeação de Wolney Queiroz para o comando da pasta, também integrante do PDT, não foi discutida com a bancada, o que o partido classificou como um “desrespeito institucional”. Para o líder pedetista André Figueiredo, a gota d’água foi justamente a ausência de diálogo: “Não se trata apenas da troca de um nome. É a forma como foi feita, passando por cima da nossa autonomia”, afirmou.
Com 17 deputados, o PDT agora se posiciona como um partido independente e promete avaliar cada proposta legislativa de forma autônoma. A decisão amplia a crise política no entorno do governo Lula, que já lida com dificuldades para aprovar pautas prioritárias em um Congresso cada vez mais fragmentado e sensível à pressão das ruas.
Nos bastidores, o Planalto tenta conter os danos. Interlocutores de Lula articulam para evitar que outras siglas sigam o exemplo do PDT, acirrando ainda mais o cenário de instabilidade. Integrantes da base governista avaliam que o momento exige mais articulação política e menos imposição.
O rompimento do PDT marca um divisor de águas na relação entre o governo e os partidos de centro-esquerda e centro, evidenciando os desafios que Lula enfrentará para manter governabilidade em meio a escândalos e tensões internas.
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