BOLSONARISMO EM FOCO — De aliada fiel a ré condenada: Zambelli se desespera, teme ser presa e declara sentir-se “abandonada por Bolsonaro”.

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De símbolo das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff a figura isolada no Congresso, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) vive seu momento mais delicado. Condenada por envolvimento com o hacker Walter Delgatti em ataques ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ela pode perder o mandato, ficar inelegível e cumprir uma pena de dez anos de prisão.
“Tenho receio das outras mulheres na prisão. Não sei o que vou encontrar. Mas também sou guerreira. O mais difícil seria ficar longe da família”, declarou Zambelli, em entrevista à Folha de S.Paulo.

A parlamentar foi considerada culpada por incentivar Delgatti a invadir sistemas judiciais e falsificar documentos, com o objetivo de gerar instabilidade institucional. E esse não é o único processo que enfrenta. Em outra ação, foi condenada a cinco anos de prisão por porte ilegal de arma, após sacar uma pistola e ameaçar um homem durante o segundo turno das eleições de 2022.
Com a derrocada política, Zambelli se vê cada vez mais sozinha. Jair Bolsonaro, de quem foi uma das aliadas mais fervorosas, agora a culpa pela derrota eleitoral. “Não me arrependo de ter apoiado ele. Me arrependo de ter entrado de cabeça em algumas coisas, como o pedido de impeachment dos ministros do STF”, disse.
Além dos processos criminais, a deputada também enfrenta graves problemas de saúde. Afirma ter sido diagnosticada com síndrome de Ehlers-Danlos, taquicardia postural ortostática e depressão. Ainda assim, nega ter cometido crimes e se diz vítima de perseguição política.
Em janeiro deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo cassou seu mandato por desinformação eleitoral. Se os recursos forem negados, Carla Zambelli estará fora da vida pública — e possivelmente atrás das grades.
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