Política

OS HERMANOS ENDIVIDADOS: Austeridade de Milei Não Contém Alta da Inadimplência na Argentina

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Pressão sobre famílias e empresas aumenta enquanto o governo prioriza controle da inflação

Apesar dos sinais de estabilização econômica promovidos pela política de austeridade do presidente Javier Milei, a Argentina começa a enfrentar um novo desafio: o aumento da inadimplência entre consumidores e empresas. Nos últimos meses, bancos do país têm registrado sinais claros de deterioração do crédito — um reflexo das dificuldades financeiras enfrentadas pela população e pelo setor produtivo.

Segundo dados recentes do Banco Central argentino, os saldos vencidos dos cartões de crédito chegaram a 2,8% em março, o maior índice dos últimos três anos. Já a inadimplência em empréstimos pessoais subiu para 4,1%, o nível mais alto em nove meses.

Além disso, o número de cheques sem fundos também vem aumentando, um indicador clássico de estresse financeiro, tanto entre consumidores quanto entre empresas. Setores como indústria, varejo, construção civil e entretenimento, especialmente aqueles voltados à exportação, estão sentindo os efeitos da demanda interna enfraquecida e da compressão das margens de lucro.

> “O governo Milei enfrenta uma escolha difícil antes das eleições: estabilizar ou estimular. O governo optou por reduzir a inflação o mais rápido possível, mirando uma taxa menor até outubro, mesmo que os salários reais fiquem estagnados ou caiam ligeiramente”, afirma Gastón Rossi, diretor do Banco Ciudad de Buenos Aires.



A estratégia do presidente argentino — centrada em cortes de gastos, contenção da emissão de moeda e liberalização de preços — já surtiu alguns efeitos positivos na desaceleração da inflação. No entanto, o custo social dessas medidas é alto: famílias com renda mais baixa têm perdido poder de compra, enquanto empresários enfrentam um cenário de consumo retraído e dificuldade de acesso a crédito.

Com as eleições se aproximando, Milei aposta na continuidade do ajuste fiscal e no fortalecimento do peso argentino para restaurar a confiança dos investidores. A dúvida, porém, é se a população conseguirá resistir ao impacto da austeridade até que os efeitos positivos prometidos pelo governo comecem, de fato, a aparecer.

Fonte – Money

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