CALIFÓRNIA EM CHAMAS: Governador da Califórnia processa Trump por uso da Guarda Nacional em protesto
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Los Angeles, 9 de junho de 2025 — Em um movimento sem precedentes, o Estado da Califórnia entrou com uma ação judicial contra o governo Trump nesta segunda-feira (9), após a administração federal tomar o controle da Guarda Nacional do Estado e enviar tropas para Los Angeles. O objetivo do envio de tropas seria conter as manifestações contra as rígidas políticas de imigração do governo Trump, que incluem deportações em massa.
A ação foi movida pelo governador da Califórnia, Gavin Newsom, que argumentou que a presença da Guarda Nacional não era necessária. De acordo com Newsom, as autoridades locais estavam lidando com os protestos de maneira eficaz, e a intervenção militar poderia agravar a situação.
Antes de tomar a medida legal, Newsom havia enviado uma carta ao secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, no domingo (8), pedindo a suspensão do envio das tropas federais. Na correspondência, David Sapp, secretário de assuntos jurídicos de Newsom, afirmou: “Em situações dinâmicas e fluidas como a que ocorre em Los Angeles, as autoridades estaduais e locais são as mais apropriadas para avaliar a necessidade de recursos para proteger a vida e o patrimônio público. A decisão de implementar a Guarda Nacional, sem o treinamento ou ordens apropriadas, arrisca escalar seriamente a situação.”
A crise começou quando, no sábado (6), o presidente Donald Trump anunciou sua intenção de federalizar o controle da Guarda Nacional da Califórnia, enviando 2 mil soldados para Los Angeles. A medida visava conter os protestos contra as políticas de imigração, que têm ocorrido em massa no estado, em resposta às deportações planejadas pelo governo.
Trump justificou a ação afirmando que os protestos estavam atrapalhando o trabalho das autoridades federais e representavam uma forma de “rebelião” contra a capacidade do governo de aplicar a lei federal. Essa foi a base para sua ordem de federalizar a Guarda Nacional, embora não tenha invocado a Lei da Insurreição, como normalmente seria necessário para justificar o uso militar em atividades de policiamento doméstico. Em vez disso, Trump citou um estatuto que lhe conferia o poder de tomar o controle da Guarda Nacional de um estado sob circunstâncias específicas.
O movimento do governo Trump gerou protestos em Los Angeles, onde os manifestantes, muitos dos quais são imigrantes ou descendentes de imigrantes, condenaram as ações do governo federal e se opuseram ao envio das tropas. Organizações de direitos humanos também levantaram preocupações sobre o uso da força excessiva para reprimir protestos legítimos.
O caso agora segue para os tribunais, e a disputa entre a Califórnia e o governo Trump promete se intensificar nos próximos dias, com repercussões que podem afetar o equilíbrio de poder entre estados e o governo federal, especialmente em questões relacionadas à imigração e segurança interna.
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