Política

VÍDEO – Extrema-direita: Bolsonaro chama de “malucos” os apoiadores em acampamentos após a eleição de 2022.

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Bolsonaro confirma o que o blog Sem Arrudeio sempre afirmou: a extrema-direita se infiltrou nos acampamentos em frente aos quartéis para pedir intervenção militar.

Ex-presidente presta depoimento e tenta se distanciar de apoiadores radicais após denúncias da PGR por tentativa de golpe

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (10), o ex-presidente Jair Bolsonaro buscou se desvincular das manifestações golpistas que ocorreram após as eleições de 2022, especialmente aquelas que culminaram nos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Em sua fala, Bolsonaro minimizou sua responsabilidade e afirmou que havia “malucos” entre seus apoiadores que defendiam ideias como o retorno do Ato Institucional nº 5 (AI-5) e uma intervenção militar.

“Tem os malucos que ficam com essa ideia de AI‑5, de intervenção militar das Forças Armadas… que os chefes das Forças Armadas jamais iam embarcar nessa só porque o pessoal estava pedindo ali”, disse Bolsonaro, ao responder às perguntas feitas durante o interrogatório conduzido pelo STF com base na denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.



Bolsonaro também rejeitou qualquer envolvimento com os atos de 8 de janeiro, classificando-os como “baderna” e negando que tenha estimulado qualquer movimento antidemocrático.

“Não tem nada meu estimulando aquela baderna, que nós repudiamos. Nós nunca fizemos isso ao longo dos nossos quatro anos de governo”, declarou.

Durante a oitiva, Bolsonaro afirmou que após sua derrota nas urnas, tentou manter a ordem e evitar escaladas de violência entre apoiadores. Ele alegou que trabalhou para conter greves e bloqueios promovidos por caminhoneiros e que nunca alimentou ideias de ruptura institucional.

“Eu não torci pelo pior… nós tocamos o barco”, disse o ex-presidente, referindo-se ao período de transição para o governo Lula.


A oitiva faz parte de um inquérito que apura a atuação de Bolsonaro e seus aliados na suposta articulação de um plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, além de incitação a movimentos golpistas. A investigação reúne depoimentos, mensagens e documentos que, segundo a PGR, indicariam a existência de uma tentativa coordenada de desestabilização institucional.

Embora tenha tentado se desvincular das alas mais radicais de seu eleitorado, o ex-presidente enfrenta críticas por sua omissão no período pós-eleitoral, além de declarações ambíguas que teriam alimentado a tensão política no país.

Agora, o STF avaliará o conjunto das provas reunidas pela PGR para decidir se Bolsonaro será formalmente acusado no caso.

Blog Sem ARRUDEIO

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