Alô, Campina Grande: TEM GENTE QUE NÃO APRENDE.
🅱️LOG SEM 🅰️RRUDEI🅾️
A disputadíssima e acirrada disputa pela presidência da Câmara Municipal de Campina Grande, Casa de Félix Araújo, parece ser mais um imbróglio na vida do prefeito da cidade, o recém-reeleito Bruno Cunha Lima.
Entre os nomes que figuraram na disputa, alguns, sabidamente sem chances de vitória, fizeram o “trabalho de casa” imposto pelo meio político: “quem não é visto, não é lembrado” ou, ainda, a ideia presente no meio de valorização do passe.
Mas, deixando de lado esses pormenores, seguem na disputa os nomes dos vereadores Alexandre do Sindicato e Saulo Germano, ambos reeleitos na base do prefeito. À primeira vista, o imbróglio parece ser a escolha do prefeito entre os aliados.
No entanto, como dito, é apenas uma impressão, pois a verdadeira questão que torna a eleição da presidência da Câmara uma situação difícil para o prefeito resolver é a sua governabilidade para o próximo mandato.
Escolher o nome do amigo aliado por conveniência ou o nome do aliado de primeira hora e fiel companheiro?
Apesar de os dois vereadores citados terem sido eleitos na base do prefeito, seus trajetos ao longo do primeiro mandato de Bruno Cunha Lima foram completamente distintos, assim como seus pensamentos e formas de conduzir a relação legislativo-executivo.
O vereador Saulo Germano, embora eleito na base de Bruno, não caminhou 100% alinhado ao prefeito durante o primeiro mandato. Inclusive, fez parte do bloco autodenominado independente. Parece que sua chegada à campanha de 2024 deve-se mais ao partido ou à influência de seu líder maior na Paraíba, o deputado federal Romero Rodrigues, do que à simpatia ou convicção de voto.
Outra questão é que Saulo Germano é o nome preferido da oposição, caso não tenham opções viáveis da base para apoiar.
Por outro lado, o vereador Alexandre do Sindicato caminhou 100% alinhado com Bruno no primeiro mandato. Mesmo quando quase todos abandonaram o prefeito, ele se mostrou firme e fiel, defendendo ferrenhamente o prefeito nos quatro cantos da cidade e em todos os projetos.
Alexandre foi criticado, humilhado e aconselhado a abandonar o prefeito, mas sua lealdade, uma característica incontestável de sua personalidade, manteve seu trabalho na Câmara até o fim ao lado de quem ajudou a eleger no primeiro mandato.
Alexandre também é o nome rechaçado pela oposição, segundo declarações de quem assumiu publicamente essa liderança na cidade. Falo do ex-candidato à Prefeitura de Campina Grande em 2024, Dr. Jhony Bezerra.
A pergunta que não quer calar é: por que a simpatia ao candidato Saulo Germano e o rechaço veemente ao nome de Alexandre do Sindicato?
Por fim, ao que parece, o prefeito Bruno Cunha Lima ainda não aprendeu a lição de como dialogar com sua base, agir em tempo hábil, tomar decisões importantes sem procrastinar, e entender que, como mandatário, decisões inevitavelmente contrariam interesses. Ou seja, não há como agradar a todos.
Também não aprendeu como é difícil trabalhar com quem não é um aliado de fato.
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