AGORA – Cid, em colaboração premiada, diz que Bolsonaro não desmobilizou os acampamentos pois espera “ruptura institucional”.

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“Foi um dos motivos pelos quais o então presidente Jair Bolsonaro não desmobilizou as pessoas que ficavam na frente dos quartéis”.

DELAÇÃO:

Em sua delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro resistiu à desmobilização dos acampamentos de seus apoiadores em frente aos quartéis após as eleições de 2022. De acordo com Cid, Bolsonaro acreditava que poderia surgir algum indício de fraude nas urnas eletrônicas que justificasse a anulação do resultado eleitoral e aguardava uma possível adesão das Forças Armadas a um movimento de ruptura institucional.
A declaração de Cid faz parte das investigações que levaram a Procuradoria-Geral da República a denunciar Bolsonaro e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens do ex-presidente afirmou que Bolsonaro não ordenou a desmobilização dos manifestantes porque ainda tinha esperanças de uma intervenção militar. No entanto, nenhuma prova de fraude foi encontrada, e a maioria dos líderes militares rejeitou a ideia de apoiar qualquer tipo de intervenção.
Além disso, segundo Cid, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro estavam entre os que incitavam Jair Bolsonaro a não reconhecer o resultado das eleições. Ambos faziam parte de um grupo que incentivava o ex-presidente a seguir com uma estratégia para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, alegando supostas fraudes eleitorais sem apresentar qualquer evidência concreta.
A delação de Mauro Cid trouxe novos elementos às investigações sobre a tentativa de subverter o resultado das eleições de 2022. Com base nesses depoimentos, a Procuradoria-Geral da República avançou na denúncia contra Bolsonaro, que é acusado de liderar uma conspiração para invalidar o pleito e se manter no poder.
A defesa de Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro classificou as acusações como absurdas e sem fundamento, alegando perseguição política. Eduardo Bolsonaro negou qualquer envolvimento em ações antidemocráticas e afirmou que as declarações de Cid não passam de “fantasia e devaneio”.
O caso segue em investigação, e a Justiça deverá decidir os próximos passos do processo contra o ex-presidente e seus aliados.
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