ALEXANDRE DE MORAES: Ator Principal ou Peão de um Sistema Oculto?

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Na paisagem
Por Ruben F. Guanaisconturbada da política brasileira, o ministro Alexandre de Moraes se destaca como uma figura central — e polarizadora. Mas, será que ele é realmente o arquiteto de suas decisões, ou apenas um executor de ordens superiores? Para o analista Ruben F. Guanais, Moraes representa muito mais um personagem de um teatro bem estruturado do que um agente independente do poder.
Segundo Guanais, do ponto de vista estritamente jurídico, nenhum ministro do Supremo Tribunal Federal tem autoridade para agir além dos limites estabelecidos pela Constituição. O papel do magistrado é aplicar as leis criadas pelo Legislativo. Quando esse limite é ultrapassado, a ação se torna política — e, nesse campo, Moraes seria apenas um intermediário.
O autor argumenta que, sem a toga, Moraes é apenas um cidadão comum, incapaz de impor qualquer decisão por conta própria. Ele seria, portanto, uma peça usada por forças externas ao STF, interessadas em manter o controle da política nacional de forma silenciosa e eficiente. São essas forças, invisíveis ao público, que Guanais chama de “verdadeiros tiranos”.
Esses atores ocultos — que estariam em grandes corporações, bastidores do poder político e até em organizações criminosas — não buscam holofotes. Preferem agir longe dos olhos da sociedade, controlando o sistema como um todo: instituições, reações populares e até decisões judiciais.
Moraes, segundo o autor, interpreta com maestria o papel do vilão. Seu objetivo não seria o reconhecimento ou o aplauso, mas o medo e a repulsa — sentimentos que reforçam sua imagem como uma autoridade temida. Para Guanais, o ministro teria se identificado tanto com esse personagem que já não distingue mais o papel da pessoa.
Mas o problema não se resume a Moraes. O texto enfatiza que, se ele saísse de cena, outro nome seria colocado em seu lugar para cumprir as mesmas ordens, mantendo a essência do sistema inalterada. O autor responsabiliza o presidente Lula e os grupos que o sustentam por manter esse ciclo de poder, no qual a substituição de peças não muda o tabuleiro.
Guanais também critica a impossibilidade prática de um impeachment de ministros do STF, dado o jogo de conveniências entre o Senado e o Supremo. Com processos engavetados de ambos os lados, prevalece a lógica da chantagem mútua: ninguém julga ninguém.
A saída, segundo ele, está na mobilização popular e na reorganização da sociedade — não por meio de instituições tradicionais ou entidades de classe, mas com o envolvimento direto dos cidadãos. Para isso, defende um esforço coletivo de aprendizado sobre política e funcionamento do Estado.
Nesse processo, Guanais aponta Jair Bolsonaro como o líder ideal. Ele o descreve como estrategista experiente, corajoso e paciente, capaz de conduzir o país em uma verdadeira guerra contra o sistema que oprime o povo.
Por fim, o autor faz um apelo: que os brasileiros deixem a ingenuidade de lado, rejeitem o senso-comum manipulado e assumam responsabilidade ativa na política. A vitória contra o sistema, segundo ele, depende de organização, estudo e coragem para mudar não apenas os nomes no poder, mas o próprio roteiro da política nacional.
Por Ruben F. Guanais
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