RFK Jr. fixa prazo até setembro para identificar causas do aumento do autismo nos EUA.

🅱️LOG SEM 🅰️RRUDEI🅾️

Washington, 14 de abril de 2025 — O secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., anunciou um ousado plano nacional para investigar e identificar as causas do aumento nas taxas de diagnóstico de autismo no país. A iniciativa, considerada inédita em escala e urgência, pretende apresentar resultados concretos até setembro deste ano.
Durante uma reunião de gabinete na Casa Branca, Kennedy detalhou a estratégia, que inclui um esforço global de pesquisa, reunindo centenas de cientistas de diferentes países. O objetivo é analisar diversos fatores ambientais, sociais e comportamentais que possam estar relacionados ao crescimento dos casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA), cuja prevalência, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), já atinge 1 em cada 31 crianças norte-americanas.
Entre os elementos a serem investigados estão vacinas, poluentes ambientais, qualidade do ar e da água, dieta alimentar e estilo de vida familiar. Conhecido por sua postura crítica em relação à indústria farmacêutica e sua atuação no movimento antivacinas, Kennedy buscou suavizar o tom, afirmando que não se opõe à vacinação e defende, por exemplo, a imunização contra o sarampo.
Apesar da magnitude da proposta, o plano já enfrenta resistência na comunidade científica. Especialistas alertam que o autismo é uma condição complexa, com múltiplas origens genéticas e ambientais, cuja compreensão plena tem desafiado pesquisadores há décadas. Segundo eles, a promessa de resultados em apenas cinco meses pode gerar expectativas irreais na sociedade.
A controvérsia aumentou com a nomeação de David Geier para liderar parte da investigação. Geier é uma figura polêmica, conhecido por promover terapias desacreditadas e já foi multado por exercer medicina sem licença. Sua inclusão na equipe foi duramente criticada por organizações médicas e associações ligadas ao autismo, que temem que o foco da pesquisa reforce preconceitos ou estigmas.
A Autism Society of America classificou a proposta como “enganosa, irrealista e potencialmente prejudicial”, enfatizando a importância de manter o respeito e a inclusão das pessoas autistas no debate público.
Mesmo diante das críticas, Kennedy mantém a convicção de que o governo pode “chegar à raiz do problema” até o prazo estipulado. “Temos os recursos, temos a urgência e temos a obrigação moral de entender o que está acontecendo com nossas crianças”, afirmou em discurso oficial.
O presidente Donald Trump expressou apoio à iniciativa, reiterando suspeitas de que “fatores artificiais” possam estar por trás do crescimento das taxas, apesar da falta de consenso científico sobre tais alegações.
A expectativa agora recai sobre os próximos meses, que prometem intensos debates e ampla cobertura. Independentemente dos resultados, o projeto de Kennedy já marca um novo capítulo na história das políticas públicas de saúde infantil nos Estados Unidos.
Blog Sem ARRUDEIO