PODEMOS FOGE DA RAIA: Após recuo da Câmara, quatro deputados retiram apoio à urgência de projeto de anistia.
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Renata Abreu, presidenta do partido, está entre os que recuaram após decisão de Hugo Motta de não pautar a proposta
Quatro deputados federais do Podemos decidiram retirar suas assinaturas do pedido de urgência para o projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023. A mudança de postura ocorre após o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicar que não pretende pautar a proposta nas próximas semanas, contrariando a pressão da ala bolsonarista da Casa.
Inicialmente, nove parlamentares da legenda haviam subscrito o requerimento que visava acelerar a tramitação do texto. Com as retiradas, o número caiu para cinco. Entre os que desistiram do apoio está a própria presidenta do partido, deputada Renata Abreu (SP), que integra o grupo de parlamentares favoráveis a uma “modulação” nas penas dos condenados, e não a uma anistia ampla.
Também recuaram os deputados Victor Linhalis (ES), Gilson Daniel (ES) e Nely Aquino (MG).
Procurado pela CartaCapital, Linhalis justificou sua decisão afirmando ser favorável à anistia apenas para os que considera “inocentes”, deixando claro que não compactua com o perdão a indivíduos envolvidos diretamente em crimes violentos durante a tentativa de golpe.
— Assim que for apresentado um texto de anistia modulada, serei o primeiro a assinar e apoiar. Esse texto atual não é o acordado entre as lideranças partidárias. Por isso, praticamente todos os líderes não foram favoráveis a pautar o texto apresentado, o que representa mais de 400 deputados — declarou o capixaba.
Os demais parlamentares não responderam aos questionamentos da reportagem.
A proposta de anistia tem sido vista pela extrema-direita como uma tentativa de reabilitar politicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A retirada de apoio por parte de parlamentares do próprio centro-direita sinaliza o enfraquecimento da articulação em torno da pauta, ao menos neste momento.
Fonte- Carta Capital
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