Política
CABO GILBERTO EM PATOS COM PREFEITO LULISTA NABOR WANDERLEY: Aliança Inusitada Expõe Contradições e Ameaça o Pastor Sérgio em 2026?
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Tanto Cabo Gilberto, identificado com a ala mais radical da direita bolsonarista, quanto Nabor Wanderley, que transita entre a centro-esquerda e centro-direita, são pré-candidatos ao Senado nas próximas eleições. O cenário, por si só, já é de disputa direta, mas ganha contornos ainda mais complexos diante da ambiguidade de alianças que se desenham.
Quem não poupou críticas à movimentação foi o deputado estadual Walter Virgulino (PL). Em diversas ocasiões, Virgulino vem denunciando a postura dúbia de Cabo Gilberto, que, segundo ele, faz discurso inflamado contra Lula e seus aliados em Brasília, mas na Paraíba adota um comportamento brando, mantendo relações cordiais e até enviando emendas para prefeitos aliados do presidente petista, como é o caso de Nabor Wanderley.
“Em Brasília ele é um tigrão, na Paraíba um gatinho”, ironizou Virgulino, destacando que essa incoerência pode custar caro ao projeto bolsonarista no estado.
Para analistas e aliados, essa estratégia de Cabo Gilberto pode minar a confiança dentro do próprio PL, especialmente com relação ao nome do Pastor Sérgio Queiroz, também cotado para a disputa ao Senado. Líder respeitado entre conservadores e evangélicos, Queiroz pode ver seu espaço reduzido pela movimentação oportunista de Gilberto, que, segundo aliados de bastidores, vem agindo com autonomia e priorizando acordos locais, mesmo que contraditórios com o discurso nacional do partido.
O recado nos bastidores do PL é claro: Pastor Sérgio que abra o olho com o Cabo Gilberto. A aliança com figuras ligadas ao lulismo pode comprometer o discurso de coerência ideológica que a legenda busca manter na Paraíba. Com 2026 se aproximando, o jogo político começa a se definir — e quem está jogando dos dois lados corre o risco de acabar isolado.
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