Política

MANDATO DOS MINISTROS DO STF: De 3 a 25 Anos — Deveria Haver Limite de Tempo?

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Atualmente, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm mandato vitalício, permanecendo no cargo até a aposentadoria compulsória aos 75 anos. Isso significa que um ministro pode ocupar a cadeira por mais de duas décadas, a depender da idade em que foi nomeado.

Hoje, a Corte vive uma situação emblemática: enquanto o ministro Luiz Fux se aposentará em pouco mais de dois anos, o recém-chegado Cristiano Zanin poderá permanecer por mais de 25 anos no Supremo. Essa discrepância reacende o debate sobre a criação de mandatos fixos, como ocorre em outros países.

Quanto tempo cada ministro ainda tem no STF?

Veja a lista completa, considerando a regra atual de aposentadoria compulsória aos 75 anos:

Gilmar Mendes – indicado por FHC (2002) – fica até 2030

Cármen Lúcia – indicada por Lula (2006) – fica até 2029

Dias Toffoli – indicado por Lula (2009) – fica até 2042

Luiz Fux – indicado por Dilma Rousseff (2011) – fica até 2028

Luís Roberto Barroso – indicado por Dilma Rousseff (2013) – fica até 2033

Edson Fachin – indicado por Dilma Rousseff (2015) – fica até 2033

Alexandre de Moraes – indicado por Temer (2017) – fica até 2043

Kassio Nunes Marques – indicado por Bolsonaro (2020) – fica até 2047

André Mendonça – indicado por Bolsonaro (2021) – fica até 2047

Cristiano Zanin – indicado por Lula (2023) – fica até 2050

Flávio Dino – indicado por Lula (2024) – fica até 2043


Ou seja: entre os 11 ministros, alguns terão permanências curtas, de apenas 3 a 5 anos, enquanto outros podem chegar a ultrapassar 25 anos de atuação.

PECs propõem limites de tempo

No Congresso, diversas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) já sugeriram limitar o mandato dos ministros:

8 anos, sem recondução;

10 ou 12 anos, alinhados a cortes internacionais;

15 anos, considerado um prazo de equilíbrio.


A média histórica de permanência no STF é de 9 anos e 4 meses. No entanto, ministros como Celso de Mello (31 anos na Corte) mostraram como a vitaliciedade pode alongar carreiras de forma quase perpétua.

O debate

Defensores do mandato fixo afirmam que a medida traria oxigenação, maior alternância e reduziria a influência de um único presidente da República sobre a composição da Corte. Já críticos temem que prazos definidos politizem ainda mais o processo, tornando a troca de ministros um instrumento de barganha entre governos e Congresso.

Seja como for, o tema voltou com força à pauta nacional. E você, leitor: acha que os ministros do STF deveriam ter mandato limitado, ou a vitaliciedade ainda é o modelo mais adequado?

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