CONCORDA OU DISCORDA: Pastor deve atacar ministro do STF? Alerta de André Mendonça revela choque entre fé e Justiça

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Uma nota publicada pela colunista Bela Megale, em O Globo (15/08), revelou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça teria procurado colegas da Corte e também o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para alertar sobre possíveis repercussões da inclusão do pastor Silas Malafaia em inquérito da Polícia Federal.

Segundo a publicação, Mendonça manifestou preocupação de que a medida pudesse “esquentar o clima” e mobilizar a massa de evangélicos contra o Supremo, sugerindo que era preciso “pacificar os ânimos”. O inquérito em questão envolve ainda o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro e o ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo.

A atitude do ministro provocou questionamentos sobre os limites de sua atuação. O Diário do Centro do Mundo destacou o episódio como um sinal de que Mendonça estaria atuando mais como representante de interesses religiosos do que como magistrado, levantando dúvidas sobre a independência da Corte diante de pressões políticas e religiosas.

Especialistas lembram que, embora ministros do STF possam dialogar entre si sobre casos em andamento, o Código de Ética da Magistratura proíbe manifestações que indiquem parcialidade ou tenham caráter político. Além disso, análises da Gazeta do Povo mostram que a prática de “recados via imprensa” se tornou comum no Supremo, mas é vista como eticamente problemática, já que compromete a imparcialidade e o decoro da função.

O episódio reacende o debate sobre a influência da extrema direita religiosa no Judiciário e sobre até que ponto ministros do STF podem — ou devem — se posicionar publicamente em defesa de líderes investigados.

Fontes:

O Globo – Coluna de Bela Megale, 15/08/2025.

Diário do Centro do Mundo, 16/08/2025.

Gazeta do Povo, 07/03/2024.

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