Política

VOLKSWAGEN DEMITE MAIS DE 500 FUNCIONÁRIOS POR INDISCIPLINA EM 2025; IMPACTO NO BRASIL AINDA É INCERTO

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A Volkswagen está apertando o cerco contra faltas e condutas consideradas inadequadas no ambiente de trabalho. Só no primeiro semestre de 2025, a montadora demitiu 548 funcionários em todo o mundo por má conduta ou indisciplina. Outros 2.079 empregados receberam advertências formais, segundo balanço divulgado pela própria empresa.

O motivo mais recorrente para as dispensas foi o absenteísmo — quando o funcionário falta ao trabalho sem justificativa. Para a VW, esse comportamento causa prejuízos diretos à produção e precisa ser combatido de forma mais rígida.

Alemanha concentra os casos

Das 548 demissões confirmadas, cerca de 300 ocorreram na Alemanha, nas fábricas de Wolfsburg, Braunschweig, Emden, Hanover, Salzgitter e Kassel. Esse número já iguala o total de desligamentos por conduta registrados ao longo de todo o ano passado, o que mostra que a política de “tolerância zero” ganhou força em 2025.

A decisão se soma ao pacote de cortes que a empresa planeja até 2030: só na matriz, 35 mil postos de trabalho podem ser eliminados nos próximos anos, parte deles por meio de programas de desligamento voluntário.

E no Brasil?

No Brasil, a situação é diferente. Não há confirmação de cortes significativos por indisciplina, pelo menos até agora. As plantas nacionais da Volkswagen — localizadas em São Bernardo do Campo, Taubaté, São Carlos e Curitiba — seguem operando normalmente.

Em 2023, houve rumores de suspensão de funcionários em Taubaté (SP), mas a medida acabou revertida em acordo com sindicatos, resultando apenas em férias coletivas. Além disso, os representantes dos trabalhadores no país afirmam ter negociado estabilidade até 2025, evitando demissões em massa.

Apesar disso, especialistas avaliam que a política global de endurecimento pode chegar ao Brasil, especialmente diante do esforço da montadora em reduzir custos e aumentar eficiência na produção de veículos.

O que está em jogo

As medidas adotadas pela Volkswagen refletem um cenário de forte pressão interna e externa. A montadora enfrenta queda de competitividade frente a marcas chinesas de carros elétricos e custos elevados em suas operações na Europa.

Para os trabalhadores, fica a preocupação: até onde a política de “tolerância zero” pode avançar?
No Brasil, sindicatos seguem atentos para que cortes disciplinares não sejam usados como justificativa para reduzir o quadro de funcionários em um momento de reestruturação global.

O caso da VW levanta um debate importante: como equilibrar a disciplina necessária para manter a produtividade e o respeito às condições de trabalho garantidas por lei?

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