Política

“Meus Heróis Morreram de Overdose”

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“Meus Heróis Morreram de Overdose”

Autor: Jornalista Cacá Ramalho Lucena de Lacerda.

FENAJ: 0004166/PB

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A administração de uma cidade é, como todos sabemos, dividida entre o poder executivo e o legislativo. A câmara municipal, que representa a verdadeira voz do povo, tem a função de legislar e fiscalizar o executivo. No entanto, o prefeito, que encabeça o poder executivo, não governa sozinho. Ele delega responsabilidades a seus secretários e a um corpo administrativo que compõe o conjunto da gestão municipal. Um exemplo claro disso é a estrutura que prefeitos de grandes cidades implementam com subprefeituras e subprefeitos, descentralizando a administração para atender melhor as demandas locais.

O saudosismo, em muitos aspectos, pode ser saudável, mas deve ser restrito ao campo da memória histórica. É importante reconhecermos e lembrarmos dos grandes nomes “in memoriam” que contribuíram para a história de nossa cidade, Cajazeiras. No entanto, é preciso entender que essas figuras trabalharam dentro de um contexto econômico, político e social específico de suas épocas. No século XXI, com a globalização em pleno vigor, seria um retrocesso tentar aplicar as mesmas práticas e pensamentos de outrora, especialmente quando falamos de controle populacional e políticas restritivas que não se adequam à realidade atual do Brasil.

Pensar em políticas de controle populacional, como as implementadas na China, seria não apenas utópico, mas também antiético e impraticável em nosso país. A ideia de limitar a procriação, estigmatizando famílias que ultrapassam um determinado número de filhos, seria um passo perigoso em direção a uma política eugenista, algo impensável e inaceitável em nossa sociedade. O Brasil possui uma diversidade cultural e social que não comporta esse tipo de pensamento retrógrado.

No entanto, em nosso município, há quem insista em olhar para o passado e tentar aplicar velhos paradigmas que não mais refletem nossa realidade. Agir de maneira saudosista, sem levar em conta as mudanças e avanços do presente, seria como tentar controlar a população por meio de práticas obsoletas, inspiradas nos antigos “currais eleitorais”. Esse modelo de poder, onde os “coronéis” políticos de outrora controlavam o voto e a liberdade do povo, ainda persiste na mentalidade de alguns administradores, que buscam manter a população subjugada e dependente de favores partidários.

Esses gestores, ao aplicar a política da exclusão, utilizam a máquina pública para favorecer apenas aqueles que se alinham a seus interesses políticos, deixando de lado os que ousam divergir. Essa prática é uma clara expressão de irresponsabilidade administrativa, pois ao invés de governar para todos, eles governam para poucos, perpetuando um ciclo de atraso e desigualdade. É uma postura que não cabe mais em uma sociedade que anseia por justiça social, democracia e inclusão.

Portanto, é impensável, nos dias de hoje, eleger ou reeleger políticos que ainda operam sob essas práticas ultrapassadas. Se quisermos avançar como sociedade e garantir um futuro melhor para nossa cidade, é necessário deixar para trás os “heróis” que perpetuaram a exclusão e abraçar uma nova mentalidade política, que seja inclusiva, democrática e voltada para o bem comum.

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