🅱️LOG SEM 🅰️RRUDEI🅾️
Os Cupins MOTORIZADOS de Cajazeiras
Por Cacá Ramalho Lucena de Lacerda
Jornalista – FENAJ: 0004166/PB
Ah, Cajazeiras, essa terra abençoada pelo sol e, aparentemente, por gestores que têm uma relação, digamos, inovadora com o meio ambiente. Na imagem que circula por aí, vemos o que chamarei carinhosamente de “cupins motorizados”. Sim, caros leitores, aquele veículo ali, ao lado da árvore já condenada, é pilotado por profissionais de rara habilidade: ágeis no manuseio da moto-serra, eles não perdem tempo. Quando uma árvore demonstra o menor sinal de fraqueza, eles já estão a postos, prontos para arrancá-la pela raiz. Afinal, para que preservar, não é mesmo?
Aqui em Cajazeiras, virou moda deixar a árvore morrer aos poucos. Um galhinho seco aqui, uma folhinha amarelada ali, e pronto. Quando o pobre vegetal já não pode mais se defender, lá vêm os cupins de capacete, prontos para o abate. E, assim, mais uma sombra se vai, mais um respiro de ar puro é substituído por concreto e fumaça.
Agora, imagine só que cena maravilhosa seria se, em vez dos cupins motorizados, tivéssemos uma turminha de escola acompanhando a ação, com um monitor explicando a importância da preservação ambiental e as crianças, cheias de esperança e vida, com mudas nas mãos, prontas para plantar novas árvores. Ah, mas que utopia, não é mesmo? Velho Sancho, quanta ingenuidade! Aqui, o gerente municipal não é amigo do meio ambiente. Aliás, parece que eles têm até algum tipo de alergia a árvores. Quanto menos, melhor!
E que exemplo invejável estamos dando para outros municípios! Em breve, quem sabe, essa prática de deixar a natureza definhar para depois arrancá-la de vez será copiada em outras cidades. Não vai sobrar nem o Pinóquio para contar a história! Afinal, com o nível de desmatamento urbano, até ele, feito de madeira, estaria em risco.
Mas é isso, caros leitores. Enquanto outros lugares pelo mundo se preocupam em plantar e preservar, nós aqui temos a nossa própria política ambiental: quanto menos verde, melhor. E, se for para plantar algo, que seja uma placa de concreto, porque árvore, pelo visto, está fora de moda.
Até o próximo corte!
