🅱️LOG SEM 🅰️RRUDEI🅾️
Nem em meus melhores sonhos imaginei que este dia chegaria.
Mas chegou.
Depois de décadas iludindo a população mais pobre com promessas vazias e encantando parte da intelectualidade brasileira com a narrativa do operário que ascende ao poder como símbolo de uma ideologia falida, a ilusão finalmente se dissolve. A imagem do líder sindicalista que chegou ao mais alto cargo da República como “pai dos pobres” está em ruínas.
O tempo mostrou sua verdadeira face.
Após um segundo mandato marcado por escândalos e uma condenação por corrupção que o levou à prisão por mais de 500 dias, ele retornou ao cargo de Presidente da República. Mas não por mérito – e sim por um arranjo que, hoje, conhecemos em detalhes.
Foi injusto. Foi um insulto.
E, como era de se esperar, ele voltou movido por vingança, com promessas de perseguir seus opositores e fazer com que “pagassem” pelo que passou. Amparado e festejado pelos mesmos que sempre ignoraram seus defeitos de caráter, seguiu encenando sua farsa.
Mas nada como um dia após o outro.
Sempre soube que a queda aconteceria. E não por acaso, mas como uma questão de justiça. Sua volta ao poder não deveria ter acontecido – e agora, colhe os frutos amargos dessa ousadia.
O tempo escancara a verdade.
A cada aparição, um novo vexame. Olhares constrangidos, sorrisos forçados, aplausos automáticos de uma plateia cada vez menor. O espetáculo está no fim. O velho palhaço já não arranca risadas, as piadas perderam a graça, e os bajuladores começam a procurar a saída.
O mundo mudou. O povo se cansou.
E, por isso, não peço sua saída. Não quero vê-lo no papel de mártir injustiçado. Quero que caia sozinho, que apodreça lentamente sob o peso de sua própria ruína.
Será o fim merecido.
É o que terá.
Texto – Silvia Gabas
Blog Sem ARRUDEIO
