Política

Uma Guerra Sem Fim: Crianças, Civis e a Tragédia de um Conflito que Não Poupou Ninguém.

🅱️LOG SEM 🅰️RRUDEI🅾️

Jornalista Cacá Ramalho Lucena de Lacerda – FENAJ: 0004166/PB
Blog Sem ARRUDEIO

Hoje, escrevo com a alma pesada, tentando dar sentido a um dos cenários mais cruéis que nossa humanidade já presenciou. Na Faixa de Gaza, uma região marcada por décadas de conflitos, assistimos mais uma vez à barbárie, onde a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas se intensifica, e o ciclo de ódio e destruição parece não ter fim. Desta vez, a imagem que me rasga o coração é a de uma criança, frágil e indefesa, carregando sua irmãzinha por quilômetros, em meio à devastação, que já precede ao momento atual onde a criança que está sendo socorrida, por sua irmãzinha, ambas em tenrra idade, fosse atropelada. Como jornalista, contar essa história é mais do que um dever profissional — é um exercício doloroso de impotência.

Este conflito, que começou com um ataque brutal do Hamas contra Israel, rapidamente escalou para uma resposta militar que, infelizmente, também atinge civis. Crianças, mulheres, idosos — ninguém escapa das garras dessa guerra. Vemos, com horror, que os mais vulneráveis acabam sendo usados como escudo humano pelos radicais islâmicos, que se escondem entre a população civil para dificultar sua identificação. São esses mesmos civis que pagam o preço mais alto, enquanto os bombardeios e ataques não cessam. E agora, com a entrada de outros atores no cenário — o Irã, o Hezbollah e até o Iêmen, todos se unindo ao Hamas contra Israel —, a guerra assume proporções ainda mais perigosas e imprevisíveis.

Infelizmente, a resposta de Israel, que tenta se defender de ataques terroristas, não consegue evitar ferir aqueles que nada têm a ver com as decisões brutais dos militantes. O uso de civis como escudo pelos radicais islâmicos coloca Israel em uma situação terrível, onde qualquer movimento pode resultar em tragédias como essa — de uma criança carregando sua irmãzinha, ambas esmagadas pela brutalidade de um conflito que não faz distinção entre combatentes e inocentes. Enquanto isso, o Estados Unidos e o Reino Unido já se posicionaram ao lado de Israel, bombardeando pontos estratégicos no Iêmen, onde há rebeldes fundamentalistas islâmicos. O que vemos é a ampliação de uma guerra que, apesar de ter raízes em questões religiosas e políticas, atinge a todos sem piedade, inclusive os que não têm nada a ver com o ódio que alimenta esse conflito.

É essencial esclarecer que o Islã, por si só, não está vinculado ao terrorismo. A vasta maioria dos seguidores dessa religião não compactua com as ações desses grupos radicais. No entanto, nesses territórios dominados por extremistas, a linha entre civis e terroristas fica borrada, justamente porque os grupos terroristas se escondem entre a população, dificultando sua distinção. O resultado é essa cena macabra, uma entre tantas outras que já marcaram esse conflito: a de uma criança com sua irmãzinha nos braços, vítima de uma guerra que parece não poupar ninguém. Quantas outras vidas inocentes serão esmagadas enquanto os líderes fomentam o ódio e a intolerância?

Confesso que, enquanto jornalista, sinto-me com as mãos atadas ao relatar uma tragédia dessas. A sensação de impotência é esmagadora, pois, apesar de dar voz a essas atrocidades, pouco se pode fazer para mudar o curso de um conflito tão enraizado. Até quando seremos testemunhas de tanta covardia? Até quando o mundo vai assistir, inerte, à destruição de vidas que, como a daquela criança, mal tiveram a chance de entender o que significa viver? Desculpem-me o desabafo, mas diante de cenas como essa, é impossível não sentir a dor de uma humanidade que parece cada vez mais distante de si mesma.

 

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