Política

Lula aposta no STF para reorganizar governo em meio a crise no Congresso.

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Enfrentando um cenário de queda de popularidade e dificuldades para consolidar apoio no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem investido em uma aproximação estratégica com o Supremo Tribunal Federal (STF) para reorganizar seu governo. Segundo reportagem de O Globo, o movimento busca pavimentar o caminho para as eleições de 2026, enquanto Lula encerra o segundo ano de seu terceiro mandato.

A relação com o STF tem sido marcada por decisões favoráveis ao governo em temas sensíveis, como o controle de emendas parlamentares e a responsabilização de plataformas digitais pelo conteúdo de usuários. Essa dinâmica representa uma mudança em relação aos primeiros mandatos de Lula, quando a Corte teve papel central em crises políticas, como o escândalo do mensalão.

Hoje, o cenário é outro. O STF, com ministros indicados ou alinhados ao governo, como Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Flávio Dino e Cristiano Zanin, oferece um ambiente mais favorável ao Planalto. Dino e Zanin, nomeados pelo próprio Lula, reforçam essa proximidade, que contrasta com o embate entre o Judiciário e o Executivo durante o governo Bolsonaro.

No Congresso, a situação é mais desafiadora. A predominância de forças de centro-direita e direita, aliada à ampla autonomia parlamentar sobre o Orçamento — com R$ 50 bilhões reservados para emendas em 2024 —, limita a capacidade de articulação do governo.

Embora O Globo veja a aproximação entre Lula e o STF como parte do jogo político, a relação suscita questionamentos sobre o equilíbrio entre os Três Poderes. Em democracias consolidadas, a autonomia das instituições é fundamental, e o isolamento do Congresso pode comprometer a dinâmica republicana, na qual o Legislativo deveria ser o principal responsável por legislar.

O desafio para Lula, portanto, será equilibrar essa relação com o Judiciário sem enfraquecer.

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