É DO UNIÃO BRASIL:
Juscelino Vai Pedir Demissão Após Ser Denunciado ao STF Por Desvio de Emendas.

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Brasília – 08 de abril de 2025 — O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, entregou sua carta de demissão nesta terça-feira, após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). A denúncia envolve suposto desvio de emendas parlamentares, o que pressionou sua permanência no cargo e levou à decisão de deixar o governo antes da análise do caso pela Corte.

Em nota, Juscelino afirmou que a escolha foi motivada pelo desejo de não gerar constrangimentos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de se defender das acusações com liberdade e independência. “Saio com a consciência tranquila e com a certeza de que poderei provar minha inocência”, declarou o agora ex-ministro.

A decisão foi tomada após uma conversa telefônica com Lula, que embarcou nesta terça para Tegucigalpa, em Honduras, onde participará da 9ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Embora o presidente tenha demonstrado interesse em conversar pessoalmente com Juscelino, a saída foi confirmada ainda durante sua viagem.

Com a vaga no Ministério das Comunicações aberta, o partido União Brasil já articula a substituição. O nome mais cotado é o do líder da legenda na Câmara, deputado Pedro Lucas Fernandes (MA). A sucessão foi discutida em um almoço político que contou com a presença de Juscelino, Pedro Fernandes, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, e o ministro do Turismo, Celso Sabino.

Alcolumbre e o deputado Elmar Nascimento (BA) foram os principais articuladores da nomeação de Juscelino ao ministério, no início do atual governo. Com sua saída, o Planalto busca manter o equilíbrio na base aliada e evitar rupturas com o União Brasil, partido estratégico para a governabilidade.

Nos bastidores, auxiliares próximos ao presidente já consideravam insustentável a permanência de Juscelino diante da gravidade das acusações. A expectativa no Palácio do Planalto era de que a demissão acontecesse de forma voluntária, o que se confirmou nesta terça-feira.

A denúncia apresentada pela PGR será agora analisada pelo STF, que decidirá se aceita ou não a abertura de ação penal contra o ex-ministro.

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