“Desobediência Divina: Cardeal condenado desafia Papa e tenta votar em conclave como se nada tivesse acontecido”

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VATICANO — Em um ato que beira a rebeldia e escancara as fissuras dentro da cúpula católica, o cardeal Giovanni Angelo Becciu, condenado por corrupção e destituído por ordem direta do Papa Francisco, decidiu comparecer à primeira sessão do conclave de 2025. Ignorando a clara orientação papal que lhe retirava os direitos cardenalícios, Becciu se apresentou como se ainda tivesse lugar entre os príncipes da Igreja — e direito a eleger o próximo sucessor de Pedro.
O gesto provocou um abalo sísmico nas estruturas já tensionadas do Vaticano. Em 2023, Becciu foi condenado a cinco anos e meio de prisão por peculato, abuso de poder e fraude agravada, após escândalos envolvendo desvio de fundos da Santa Sé, incluindo o Óbolo de São Pedro — esmolas dos fiéis destinadas à caridade. Em vez de silêncio e penitência, optou pelo desafio aberto.
A desculpa jurídica: o Papa nunca formalizou por escrito a exclusão de Becciu do Colégio Cardinalício. O cardeal, que já perdeu cargos e prestígio, agora tenta agarrar-se a tecnicalidades canônicas para exercer um poder que lhe foi moral e espiritualmente cassado.
A decisão final sobre sua presença caberá ao decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re, mas o episódio já se tornou um símbolo da resistência velada à reforma e transparência que Francisco vem tentando impor — e dos fantasmas do velho Vaticano que ainda assombram os corredores da fé.
Enquanto os olhos do mundo católico se voltam para o conclave, o gesto de Becciu deixa um recado claro: nem mesmo um julgamento e a vontade explícita do Papa são suficientes para conter o velho clericalismo.
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