Política

ESCÂNDALO EM FOCO: “Vergonha para o país, tudo era evitável”, diz procurador sobre fraudes no INSS

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Brasília — O procurador da República Hebert Mesquita, responsável pelo principal inquérito da Operação Sem Desconto, afirmou que é remota a possibilidade de os aposentados vítimas de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) conseguirem reaver os valores descontados indevidamente. Segundo ele, os recursos desviados por meio de associações e dirigentes ligados à autarquia foram rapidamente retirados das contas e pulverizados, dificultando o rastreamento e o bloqueio judicial.

“É uma vergonha para o país. Tudo isso era evitável, tudo isso foi avisado, tudo isso foi mostrado. É possível que muitos credores nunca vejam esse dinheiro, se depender do ressarcimento por parte dos criminosos”, declarou Mesquita em entrevista ao Estadão.

A Operação Sem Desconto investiga um esquema bilionário de fraudes que teria contado com a participação de servidores públicos do INSS. As vítimas eram, em sua maioria, aposentados e pensionistas que tiveram valores descontados diretamente de seus benefícios, sem autorização, em nome de associações fantasmas ou contratos inexistentes.

Mesmo com o bloqueio de bens de envolvidos e de algumas associações, Mesquita aponta que os valores apreendidos não devem ser suficientes para cobrir os prejuízos. “Os cofres dessas pessoas estão todos esvaziados”, afirmou.

O Ministério da Previdência Social, ao qual o INSS é vinculado, ainda não comentou as declarações do procurador. O caso reacende o debate sobre a vulnerabilidade dos sistemas de consignação e a falta de fiscalização sobre entidades que operam com aposentados.

As investigações continuam, mas, até o momento, os indícios apontam que boa parte do dinheiro desviado foi rapidamente transferida ou sacada em espécie, o que complica a recuperação dos valores e o ressarcimento às vítimas.

Fonte – Estadão

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