Há Mais de 2.000 Anos em Construção: A KGB, Arafat e as Raízes Soviéticas do Ódio Contra os Judeus na Era Moderna

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Washington, D.C. — Em uma revelação estarrecedora, Ion Mihai Pacepa, ex-chefe da inteligência romena e o oficial de mais alta patente a desertar do bloco soviético, trouxe à tona um lado pouco conhecido da história do Oriente Médio: a construção deliberada do ódio contra os judeus, incentivada pela KGB, e o papel decisivo que a União Soviética desempenhou na criação e consolidação da figura de Yasser Arafat como líder palestino.
Antes de desertar para os Estados Unidos, Pacepa afirma que era responsável por entregar mensalmente cerca de US$ 200 mil em dinheiro lavado a Arafat, além de enviar dois aviões cargueiros por semana para Beirute, carregados de uniformes e suprimentos. A mesma prática era adotada por outros países do bloco soviético.
O ex-agente revela que teve acesso ao “arquivo pessoal” da KGB sobre Arafat, que descreve o líder como um burguês egípcio convertido ao marxismo pelos serviços de inteligência soviéticos. Treinado em operações especiais em Balashikha, na Rússia, Arafat foi cuidadosamente preparado pela KGB a partir da década de 1960 para se tornar o chefe da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
Segundo Pacepa, os soviéticos chegaram a falsificar os registros de nascimento de Arafat, eliminando documentos que indicavam seu nascimento no Cairo e substituindo-os por registros que o apontavam como nascido em Jerusalém — estratégia para dar-lhe legitimidade como líder “autêntico” palestino.
A campanha de propaganda incluiu ainda o aprimoramento do panfleto de quatro páginas intitulado Falastinuna (“Nossa Palestina”), transformando-o em uma revista mensal de 48 páginas para a Al-Fatah, grupo terrorista liderado por Arafat desde 1957. A publicação era distribuída em larga escala no mundo árabe e na Alemanha Ocidental, onde viviam muitos estudantes palestinos.
De acordo com o ex-chefe de inteligência, Arafat era um agente essencial da KGB. Após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, foi nomeado presidente da OLP com apoio de Gamal Abdel Nasser, o então líder egípcio, também identificado por Pacepa como um “fantoche soviético”.
Já em 1969, durante a primeira cúpula da chamada Internacional do Terror Negro — uma organização neofascista pró-palestina financiada pela KGB e por Muamar Kadafi — Arafat foi instruído a declarar guerra ao “sionismo imperialista” dos Estados Unidos. O termo, segundo Pacepa, foi criado em Moscou como uma adaptação moderna dos Protocolos dos Sábios de Sião e tornou-se uma poderosa arma ideológica da inteligência soviética para fomentar o antissemitismo, o anti-imperialismo e, por consequência, o antiamericanismo.
Em outro episódio revelador, Pacepa relata que levou Arafat secretamente a Bucareste, em março de 1978, para receber as instruções finais do ditador Nicolae Ceausescu sobre como agir em visitas oficiais ao Ocidente. A orientação era clara: “Você só precisa continuar fingindo que vai romper com o terrorismo e que vai reconhecer Israel — repetidamente”, teria dito Ceausescu.
Esses relatos, compilados no livro Horizontes Vermelhos (Regnery, 1987), oferecem um novo olhar sobre os bastidores da geopolítica do Oriente Médio e o papel central dos serviços de inteligência soviéticos na radicalização de movimentos e líderes que moldaram o conflito israelense-palestino por décadas.
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