Política

“PT SURTOU”, TARIFA INJUSTIFICADA? Haddad chama taxação de 50% dos EUA de “insustentável e política”

🅱️LOG SEM 🅰️RRUDEI🅾️

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou duramente o anúncio da nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, chamando a medida de “insustentável do ponto de vista econômico e político”. Segundo ele, a iniciativa não possui racionalidade econômica e representa uma movimentação de caráter essencialmente eleitoral e ideológico por parte da administração americana, liderada por Donald Trump.

A declaração foi feita durante entrevista a jornalistas de veículos independentes como Brasil 247, Carta Capital, Diário do Centro do Mundo, Revista Fórum e TVT News, nesta quarta-feira (10).

> “Hoje estamos falando de uma tarifa insustentável, tanto do ponto de vista econômico quanto político, de 50%”, afirmou Haddad.


Déficit brasileiro contradiz narrativa de protecionismo

Haddad explicou que não há justificativa técnica para a elevação da tarifa, já que o Brasil é deficitário na balança de bens e serviços com os Estados Unidos — o que desmonta a tese de que o país estaria se beneficiando de maneira desleal nas relações comerciais com os norte-americanos.

> “Nos últimos 15 anos, o Brasil acumulou cerca de US$ 400 bilhões em déficit nas relações com os EUA. Não faz o menor sentido levantar uma barreira como essa sob o argumento de proteção do mercado americano”, declarou.


Medida política e reversível

O ministro classificou a ação como puramente política, afirmando que há espaço para negociação e que confia na atuação do Itamaraty e da diplomacia brasileira para reverter a situação. Haddad lembrou que, antes do aumento para 50%, já se discutia a revisão de uma tarifa de 10% com o próprio secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, durante uma reunião realizada em maio deste ano.

> “Havia espaço para negociar. O próprio secretário reconheceu isso. Agora, essa escalada é claramente eleitoral e não deve prosperar a longo prazo”, avaliou Haddad.


Impactos e reação do governo

O governo brasileiro deve intensificar os esforços diplomáticos para evitar que a medida entre em vigor no dia 1º de agosto, como anunciado pelos EUA. O Ministério das Relações Exteriores e o Itamaraty já estão articulando respostas técnicas e políticas, ao lado da Fazenda.

Analistas avaliam que a tarifa pode impactar setores importantes da economia brasileira, como agronegócio, aço, alumínio e tecnologia, além de gerar retaliações que podem prejudicar também empresas americanas com negócios no Brasil.


Fonte: O POVO, Jornal Pequeno, e ACritica.net

Blog Sem ARRUDEIO

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo