Política

DOIS COMUNISTAS SIAMESES CONTRA A TAXAÇÃO DE TRUMP: China e Lula reagem com fúria ao tarifão americano

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Em um raro alinhamento público, Brasil e China se uniram contra o anúncio explosivo de Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A resposta foi imediata: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu retaliar com tarifas equivalentes e recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), enquanto a China classificou a medida como uma tentativa de “coerção” e “intimidação econômica”.

A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, afirmou nesta sexta-feira (11) que “tarifas não devem ser usadas como instrumento de interferência nos assuntos internos de outros países”, em uma clara crítica à ofensiva comercial liderada por Trump. Foi o primeiro posicionamento oficial de Pequim desde o anúncio feito pelo ex-presidente americano, que atualmente lidera as pesquisas eleitorais nos EUA.

O gesto chinês foi imediatamente celebrado no Palácio do Planalto, que já vê na retaliação de Washington um ataque político — não apenas comercial — ao Brasil, especialmente após o protagonismo de Lula na cúpula do BRICS no Rio de Janeiro. A tarifa, inclusive, é mais alta do que a imposta à própria China.

Segundo fontes do governo, o Planalto já articula a criação de um comitê com empresários brasileiros para reavaliar a política comercial com os Estados Unidos. “Não aceitaremos esse tipo de ameaça disfarçada de política econômica”, declarou um ministro próximo a Lula.

Guerra comercial à vista?

O temor no Itamaraty é que Trump esteja usando o Brasil como bode expiatório para fortalecer seu discurso nacionalista, mirando diretamente no bloco BRICS — agora com peso geopolítico ampliado. Analistas afirmam que a medida também é uma mensagem indireta à influência crescente da China sobre a América Latina, especialmente em setores estratégicos como mineração, tecnologia e infraestrutura.

“Essa tarifa é mais política do que econômica. O Brasil virou alvo por estar se alinhando demais com Pequim”, comentou um diplomata brasileiro ao Blog Sem Arrudeio.

Pequim em defesa de Lula

Para a diplomacia chinesa, a retórica agressiva de Trump ameaça os princípios da ordem multilateral. “Não há vencedores em uma guerra comercial”, reforçou Mao Ning. A China também sinalizou apoio a uma eventual contestação brasileira na OMC.

Com isso, o que se desenha é um novo capítulo de um embate ideológico e econômico: de um lado, Trump e seu “América Primeiro”; do outro, o eixo Lula-Xi Jinping, que aposta no multilateralismo como contraponto à hegemonia americana.




Análise do Blog Sem Arrudeio:
O tarifão pode ter um efeito colateral inesperado: consolidar ainda mais a aproximação entre Brasil e China, dois gigantes que, apesar das diferenças, parecem cada vez mais siameses em sua oposição ao novo (e velho) trumpismo.

Se Trump achou que ia dividir, acabou unindo.

Blog Sem ARRUDEIO

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