Política
“DO COMBATE AO CENTRÃO AO COLO DO CENTRÃO: Cabo Gilberto e o Dilema de 2026 no PL Paraibano”
🅱️LOG SEM 🅰️RRUDEI🅾️
Em 2022, Cabo Gilberto se elegeu com um discurso radicalmente ideológico, de combate ao que chamava de “velha política”, com ataques sistemáticos às instituições e, principalmente, ao Centrão, grupo político que agora se prepara para tomar conta da legenda bolsonarista na Paraíba.
O movimento atual é recheado de ironias políticas. Cabo Gilberto e o ex-ministro Marcelo Queiroga foram os principais articuladores junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, para retirar o deputado federal Wellington Roberto do comando do partido, sob o argumento de que ele não representava o “novo PL”, alinhado ao bolsonarismo raiz. Na época, a principal crítica era justamente o fato de Wellington integrar o bloco do Centrão — o mesmo grupo político que agora deve liderar o partido.
Com Efraim Morais, um dos nomes mais tradicionais do Centrão na Paraíba, assumindo o controle da legenda, Cabo Gilberto se vê diante de um dilema existencial e eleitoral: como sustentar em 2026 o discurso que o elegeu em 2022? Como justificar aos seus eleitores a convivência política com o que sempre combateu?
O cenário escancara uma pergunta incômoda, mas inevitável:
O eleitor que acreditou no discurso ideológico do Cabo Gilberto vai reeleger um deputado que, na prática, acabou se aliando ao Centrão?
A resposta virá das urnas, mas os sinais já apontam para um desgaste entre o discurso e a prática. O “PL raiz”, ao que tudo indica, vai mesmo parar nas mãos do Centrão paraibano — e o palanque de 2026 promete ser menos ideológico e mais pragmático do que nunca.
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