Eduardo Bolsonaro Rompe Trégua e Volta a Atacar Tarcísio por Aliança com MBL
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Deputado questiona escolha de vice-líder do governo de São Paulo e volta a expor racha na direita bolsonarista.
Após semanas de aparente trégua entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reacendeu as críticas contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em publicação feita nesta quinta-feira (25) nas redes sociais, Eduardo voltou a contestar a aliança de Tarcísio com setores do MBL (Movimento Brasil Livre), grupo duramente criticado pelo bolsonarismo.
O estopim do novo embate foi a manutenção do deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil), do MBL, como vice-líder do governo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
> “Por que o Tarcísio mantém como vice‑líder uma pessoa do MBL, um grupo que defende a minha prisão, a prisão de meu pai, a prisão de jornalistas exilados… como o Allan dos Santos?”, escreveu Eduardo em seu perfil no X (antigo Twitter).
A declaração ocorre poucos dias após uma tentativa de reconciliação. Em meados de julho, uma “boa e longa conversa” promovida por Jair Bolsonaro teria apaziguado os ânimos entre Eduardo e Tarcísio. Na ocasião, o governador paulista defendeu uma posição mais pragmática, o que desagradou setores mais ideológicos do bolsonarismo.
Entretanto, a nova crítica escancara que a paz no grupo durou pouco. Para Eduardo, aliar-se a figuras do MBL é inaceitável, especialmente diante da postura pública que o movimento mantém contra Bolsonaro e seus aliados.
Racha na direita
O embate revela o racha interno na direita bolsonarista: de um lado, Tarcísio tenta ampliar sua base política e consolidar imagem de gestor técnico; do outro, Eduardo Bolsonaro se mantém fiel à ala mais ideológica e combativa do bolsonarismo.
A divergência também sinaliza os movimentos antecipados para 2026. Tarcísio é cotado como possível nome presidencial, já que Bolsonaro está inelegível. A oposição interna, porém, ameaça atrapalhar esses planos, principalmente se continuar sendo liderada pelo próprio filho do ex-presidente.
Fonte:
InfoMoney –
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