“REFLEXÃO SOBRE A REALIDADE: A BOLHA DA DIREITA DIANTE DE UM BRASIL QUE NÃO ESTÁ NEM AÍ”

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Enquanto parte da base conservadora do país ainda insiste em acreditar que haverá um “levante” popular contra os abusos de poder e os avanços autoritários do Supremo Tribunal Federal, a realidade nua e crua bate à porta com força: o Brasil é um país onde a final do Big Brother Brasil mobiliza mais de 100 milhões de votos, mas a política segue como um jogo distante para a maioria.
A dura verdade que muitos da direita ainda evitam encarar é que, num universo de mais de 210 milhões de brasileiros, cerca de 60 milhões votaram em Lula e quase 90 milhões sequer apareceram para votar. Isso deixa cerca de 150 milhões de pessoas que não estão nem aí se Bolsonaro vai preso, se Alexandre de Moraes é um ditador ou se a Constituição está sendo rasgada em praça pública.
E diante desse cenário, o que fará a direita? Vai repetir a passividade pós-eleição de 2022? Vai assistir, inerte, enquanto a narrativa do “Estado Democrático de Direito” é usada para justificar o uso de Força Nacional, Exército, GLO (Garantia da Lei e da Ordem), repressão e — quem sabe — até um estado de sítio?
A reflexão é urgente. O PT está prestes a consolidar a narrativa perfeita para implantar, com selo institucional, a sua versão de “ordem democrática”, mesmo que à base de cacetete, censura e prisão de opositores. E, enquanto isso, a oposição se divide entre memes, brigas internas e apostas em salvadores da pátria.
É hora de sair da bolha. De entender que os movimentos de rua, por mais legítimos, não têm força diante de um país anestesiado, entretido e, em grande parte, indiferente. A luta por liberdade exige mais que indignação nas redes: exige estratégia, unidade e consciência de que o jogo, hoje, está sendo jogado em outro tabuleiro — e o adversário está sempre três passos à frente.
Não adianta gritar por justiça num estádio onde ninguém está assistindo ao jogo.
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