BOLSONARISTA IDEOLÓGICO, ABRA O OLHO: CABO GILBERTO E HUGO MOTTA ENCENAM O “TEATRO DAS TESOURAS ” NA PARAÍBA.

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Na novela política paraibana, um enredo chama a atenção: o deputado federal Cabo Gilberto (PL-PB), que se vende como o “tigrão contra o sistema” em Brasília, mas que, na prática, parece atuar como peça perfeitamente ajustada na engrenagem do centrão que diz combater.
A prova mais recente veio quando o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu poupar Gilberto das punições aos deputados envolvidos no motim da extrema-direita. Motta justificou dizendo que avalia “a imagem” antes de punir — um critério que, curiosamente, favoreceu o deputado paraibano.
Nos bastidores, a confiança do núcleo duro de Bolsonaro nele é praticamente nula. Em áudio vazado, o próprio ex-presidente disse a Valdemar Costa Neto: “Resolve lá na Paraíba, eu prefiro Wellington Roberto”. Traduzindo: Gilberto não é homem de confiança para liderar a tropa bolsonarista no estado.
O que se vê é um político jovem, mas já craque no jogo “vaselina”: fala duro para as redes sociais, mas mantém trânsito livre com todos os clãs que dominam a política paraibana — Motta, Galdino, Vital do Rêgo, Cunha Lima… e a lista continua. Sua esposa, inclusive, ocupa cargo na Assembleia Legislativa da Paraíba, apadrinhada diretamente pelo presidente da Casa, Adriano Galdino.
E assim, enquanto se apresenta como guerreiro contra o sistema na tribuna, Gilberto garante que nenhuma porta de palácio na Paraíba ou em Brasília se feche para ele. É o clássico “teatro das tesouras”: duas lâminas que fingem cortar uma à outra, mas que trabalham juntas para aparar a grama onde sempre crescem os mesmos nomes e os mesmos interesses.
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