CPMI DO INSS APROVA PRISÃO PREVENTIVA DE 21 SUSPEITOS EM FRAUDES BILIONÁRIAS

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, nesta segunda-feira (1º/9), o pedido de prisão preventiva de 21 pessoas apontadas como integrantes de um esquema de fraudes que teria causado prejuízo de R$ 6,3 bilhões a aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. A decisão foi unânime: 26 votos a favor, nenhum contrário.
O requerimento, apresentado pelo relator deputado Alfredo Gaspar (União-AL), será agora encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde caberá ao ministro André Mendonça decidir se autoriza ou não as prisões. Segundo o relator, a medida é necessária pela “garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal”.
O esquema
As investigações apontam que o grupo atuava por meio de descontos indevidos em benefícios previdenciários, principalmente via associações e empréstimos consignados não autorizados. A fraude foi revelada a partir de denúncias do advogado Eli Cohen, de reportagens jornalísticas e da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal em abril de 2025, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).
Os nomes na lista
Entre os alvos do pedido de prisão preventiva estão:
Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como operador central do esquema;
Alessandro Antonio Stefanutto, ex-presidente do INSS;
Maurício Camisotti, empresário controlador de associações investigadas;
André Paulo Félix Fidelis, ex-diretor de Benefícios do INSS, e seu filho Eric Douglas Fidelis;
Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-geral do INSS.
No total, a lista inclui 21 suspeitos, entre ex-dirigentes do Instituto, lobistas e empresários.
“Impunidade vergonhosa”
Durante a votação, parlamentares afirmaram que, apesar da gravidade dos indícios e do prejuízo causado aos segurados, nenhum dos investigados havia sido preso até agora, o que, segundo eles, configurava uma “impunidade vergonhosa”.
Próximos passos
Com a aprovação do requerimento, o STF avaliará o pedido. Se acatado, os 21 investigados poderão ter prisão preventiva decretada nos próximos dias, dando um novo rumo às investigações da maior fraude já identificada no sistema previdenciário brasileiro.
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