Política

A DIREITA E O CENTRÃO: Câmara articula avanço do PL da anistia após sentença de Bolsonaro; Tarcísio assume protagonismo

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A Câmara dos Deputados se prepara para intensificar a tramitação do Projeto de Lei da Anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. O movimento deve ganhar força logo após a esperada sentença do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, prevista para a segunda quinzena de setembro.

Partidos do centrão como PP, União Brasil, Republicanos e PSD já manifestaram apoio à proposta. Nos bastidores, líderes atribuem ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a virada de chave nas articulações. Ele tem atuado pessoalmente junto ao presidente da Câmara, Hugo Motta, e a dirigentes partidários para acelerar a votação. A expectativa é de que a urgência seja aprovada, permitindo levar o texto direto ao plenário, com projeção de mais de 300 votos favoráveis.

O líder do PT, Lindbergh Farias, surpreendeu ao admitir que vê pela primeira vez uma “probabilidade real” de aprovação do projeto. Já o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, defende ampliar o alcance da anistia para incluir também organizadores e incitadores dos atos, mas com a exclusão de militares acusados de planejar atentado contra o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin.

Para Bolsonaro, a anistia representaria um alívio judicial, livrando-o da possibilidade de prisão. No entanto, não teria efeito sobre sua inelegibilidade, que continuaria válida por decisão da Justiça Eleitoral. Segundo Valdemar Costa Neto, presidente do PL, a inclusão formal de Bolsonaro no texto deve ocorrer em um segundo momento.

Apesar da articulação política, o avanço do projeto depende de um entendimento com o STF. O ministro Alexandre de Moraes já sinalizou resistência, reforçando que a “impunidade não pode ser opção para a pacificação”. Há também discussões paralelas no Senado, onde o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) articula uma versão alternativa de anistia, que excluiria Bolsonaro e os líderes do núcleo duro dos ataques.

Com a pressão crescente do centrão e a atuação de Tarcísio, a pauta da anistia promete dominar o cenário político de setembro, colocando Congresso e Supremo diante de um novo teste de forças.

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