ATAQUE RUSSO ALCANÇA APOSENTADOS EM FILA NO LESTE DA UCRÂNIA E DEIXA PELO MENOS 24 MORTOS

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Um ataque aéreo russo atingiu na última terça-feira (9) a pequena aldeia de Yarova, na região de Donetsk, leste da Ucrânia, provocando uma das maiores tragédias recentes contra civis desde o início da guerra. O bombardeio ocorreu no momento em que dezenas de moradores — em sua maioria idosos aguardando o pagamento de suas pensões — estavam reunidos em frente a uma unidade móvel dos correios.
Segundo as autoridades locais, 23 a 24 pessoas foram mortas e ao menos 18 ficaram feridas, muitas em estado grave. Equipes de resgate utilizam exames de DNA para identificar os corpos carbonizados e dilacerados. A vila fica a menos de 25 quilômetros de Sloviansk, em uma área considerada vulnerável aos avanços russos.
Condenação internacional
O presidente Volodymyr Zelenskyy classificou o episódio como “terrorismo brutal” e exigiu respostas rápidas de aliados ocidentais.
> “Este ataque mostra, mais uma vez, a verdadeira face da Rússia: matar civis indefesos. O mundo não pode se calar”, afirmou em discurso, pedindo novas sanções contra Moscou e apoio reforçado em armamentos.
O governador de Donetsk, Vadym Filashkin, também foi categórico ao chamar o ataque de “puro terrorismo contra a população idosa”. O procurador-geral da Ucrânia anunciou a abertura de uma investigação por crimes de guerra, alegando que a Rússia violou diretamente a Convenção de Genebra ao atacar civis.
Estratégia militar e escalada
De acordo com analistas militares, a Rússia tem intensificado o uso de bombas guiadas de alta potência — muitas delas versões modernizadas de munições soviéticas — capazes de causar destruição em larga escala mesmo longe da linha de frente. Esse tipo de armamento foi responsável pelo massacre em Yarova, onde não havia alvos militares próximos.
Especialistas alertam que a escalada aumenta os riscos de novos ataques contra áreas civis, em uma tentativa de desgastar a resistência ucraniana pelo terror.
Pressão diplomática
A tragédia de Yarova já repercute no cenário internacional. Países europeus e os Estados Unidos discutem sanções adicionais contra Moscou e a possibilidade de reforçar a defesa aérea ucraniana. A ONU e organizações de direitos humanos também condenaram o ataque, pedindo investigações independentes.
Enquanto isso, familiares das vítimas tentam enterrar seus mortos em meio ao medo constante de novos bombardeios. “Eles só queriam receber sua aposentadoria. Foram mortos por esperar em uma fila”, disse uma sobrevivente à imprensa local.
Fonte | Acústica FM
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