ELEIÇÕES 2026 : Michelle Lidera Entre Bolsonaristas e Disputa Entre Eduardo e Tarcísio Esquenta Após “Tarifaço” de Trump

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Uma nova pesquisa do instituto Genial/Quaest revela que, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro permaneça inelegível para as eleições de 2026, um terço de seus eleitores já tem um nome favorito: a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A preferência por Michelle alcança 33% dos eleitores que se identificam com o bolsonarismo, colocando-a como a principal herdeira política do ex-chefe do Executivo.
Empatados tecnicamente, aparecem logo em seguida o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com 22%, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 20%. Ambos travam uma disputa velada – e, mais recentemente, escancarada – pela vaga deixada pelo ex-presidente, caso este não consiga reverter sua inelegibilidade na Justiça Eleitoral.
“Tarifaço” acirra ânimos
A disputa ganhou contornos ainda mais tensos nos últimos dias após o “tarifaço” anunciado pelo governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump, que voltou à presidência americana com uma política econômica agressiva. Trump impôs uma sobretaxa de 50% sobre determinados produtos brasileiros, o que provocou reações diferentes dentro do campo bolsonarista.
Eduardo Bolsonaro, alinhado ideologicamente a Trump, atacou a postura mais diplomática de Tarcísio, acusando o governador de “submissão” ao buscar diálogo com autoridades americanas e até com ministros do STF. A crise interna quase culminou em um racha, mas foi apaziguada por Jair Bolsonaro, que interveio diretamente para acalmar os dois potenciais sucessores.
Michelle: a candidata “natural”?
Com Bolsonaro inelegível até 2030 por decisão do TSE, cresce a pressão dentro da base para que ele anuncie o quanto antes quem será seu substituto no pleito presidencial. E, segundo os números da pesquisa, Michelle Bolsonaro surge como um nome competitivo e com forte apelo simbólico. Aliados apostam em seu carisma, base evangélica e imagem menos desgastada para agregar eleitores do campo conservador.
Ainda assim, Michelle tem demonstrado relutância pública em assumir protagonismo político, o que mantém o jogo aberto para Eduardo e Tarcísio, ambos em pré-campanha informal pelo apoio do ex-presidente.
Bolsonaro: o fiador da sucessão
Segundo a mesma pesquisa, 62% dos bolsonaristas acham que Bolsonaro deveria abrir mão da disputa e apoiar um novo nome. A expectativa agora gira em torno de qual direção ele tomará: se insistirá na própria candidatura como forma de pressão institucional ou se lançará um nome de confiança, seja do clã familiar, seja entre os aliados de primeira hora.
Nos bastidores, especula-se que Jair poderia apostar numa “chapa pura”, com Michelle na cabeça e Eduardo de vice. Outros veem em Tarcísio um nome mais “palatável” ao centro, especialmente no Sudeste.
De qualquer forma, a sucessão no campo bolsonarista está oficialmente aberta — e, até 2026, o principal cabo eleitoral da direita brasileira ainda será o próprio Jair Bolsonaro.
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