Moraes dá prazo até sexta(22) a Bolsonaro para explicar pedido de asilo; ex-presidente pode ter prisão preventiva decretada.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está diante de mais um impasse judicial. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a defesa do ex-mandatário apresente, até às 20h34 desta sexta-feira (22/8), explicações sobre o suposto risco de fuga do país. A cobrança surgiu após a Polícia Federal encontrar, no celular de Bolsonaro, um rascunho de pedido de asilo político dirigido ao presidente da Argentina, Javier Milei.

O documento de 33 páginas, revelado no relatório da PF, sustenta que o ex-presidente estaria sendo perseguido no Brasil e, por isso, buscaria proteção em Buenos Aires. A descoberta levantou dúvidas sobre o descumprimento das medidas cautelares impostas pelo STF, entre elas a proibição de deixar o território nacional sem autorização judicial.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) também foi acionada e terá prazo semelhante para se manifestar sobre o caso, após a entrega da resposta da defesa.

Defesa nega irregularidades

Em nota, os advogados de Bolsonaro afirmaram que não houve qualquer tentativa de fuga nem violação das restrições impostas. A equipe jurídica classificou o indiciamento feito pela Polícia Federal como “surpreendente” e assegurou que o prazo será cumprido.

Risco de prisão preventiva

Caso o STF entenda que houve descumprimento das medidas, Bolsonaro pode ter a prisão domiciliar revogada e até mesmo ser alvo de prisão preventiva. O episódio se soma às tensões já existentes na esteira das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado, que têm colocado o ex-presidente e aliados sob forte pressão judicial.

A expectativa agora se volta para a sexta-feira à noite, quando Moraes decidirá se as explicações apresentadas são suficientes ou se medidas mais duras serão adotadas contra o ex-chefe do Executivo.

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