Xi Jinping Recebe Putin Com Passadeira Vermelha e Abre Cimeira de Xangai Como Vitrine Contra o Ocidente

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A China abriu neste sábado (31) a Cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO) em Tianjin com pompa e simbolismo. O presidente Xi Jinping recebeu o líder russo Vladimir Putin com uma passadeira vermelha, em uma cerimônia que marcou o tom do encontro: a exibição de uma frente alternativa ao poder ocidental.

Putin desembarcou na cidade portuária cercado de honras de Estado e foi cumprimentado pessoalmente por Xi, que aproveitou o gesto como recado político. O Kremlin e Pequim reforçam cada vez mais sua parceria estratégica, em meio às guerras da Rússia na Ucrânia e à crescente disputa da China com os Estados Unidos pela liderança global.

Encontro de gigantes do “Sul Global”

A cimeira reúne cerca de 20 chefes de Estado e de governo, entre eles Narendra Modi (Índia), Masoud Pezeshkian (Irã) e Recep Tayyip Erdogan (Turquia). O bloco, criado em 2001, tornou-se uma das principais plataformas de cooperação política, econômica e de segurança entre países da Ásia, Eurásia e Oriente Médio.

Analistas destacam que o evento funciona como uma vitrine de poder do “Sul Global”, reunindo líderes que questionam a ordem internacional dominada pelo Ocidente.

O simbolismo da passadeira vermelha

A recepção com passadeira vermelha a Putin não foi apenas protocolo diplomático. Foi um gesto pensado para mostrar que, apesar das sanções internacionais e do isolamento em fóruns ocidentais, a Rússia ainda encontra palco e aliados de peso.

Para Xi, a cerimônia também reforça a imagem da China como anfitriã e articuladora de uma nova rede de alianças globais.

O que está em jogo

Segurança e defesa: cooperação militar e inteligência no combate ao terrorismo e à instabilidade regional.

Energia e comércio: fortalecimento de rotas alternativas de fornecimento e de mercados, reduzindo a dependência de canais dominados pelo Ocidente.

Geopolítica: consolidação da narrativa de uma ordem mundial multipolar, onde EUA e União Europeia não têm hegemonia absoluta.


Reação ocidental

A cimeira ocorre em meio a tensões crescentes: enquanto o Ocidente endurece sanções contra Moscou e critica a aproximação de Pequim com o Kremlin, Xi e Putin apostam em gestos de unidade e poder simbólico, numa tentativa de reposicionar o eixo da influência global.

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