“ALCOLUMBRE PROMETE FILTRAR ANISTIA: Perdão Para Coadjuvantes, Veto ao ‘Protagonista’ Bolsonaro”

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O governo federal aposta em Davi Alcolumbre (União-AP) como o principal freio à aprovação de uma anistia ampla, geral e irrestrita em favor de Jair Bolsonaro e dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Mesmo que a proposta avance na Câmara, a estratégia do Palácio do Planalto é contar com o presidente do Senado para modular o texto e restringir os beneficiados.
Alcolumbre já deixou claro que pretende apresentar um projeto alternativo, inspirado no princípio da proporcionalidade. A ideia é diferenciar os papéis desempenhados nos ataques às sedes dos Três Poderes: líderes políticos, financiadores e organizadores ficariam de fora, enquanto participantes de menor envolvimento poderiam ter suas penas reduzidas ou mesmo perdão parcial.
A iniciativa, vista como um gesto de equilíbrio institucional, encontra respaldo entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que consideram a anistia ampla um risco de impunidade generalizada. Para integrantes da Corte, a proposta de Alcolumbre seria mais aceitável, ainda que não elimine a pressão política sobre o tema.
Por outro lado, a oposição bolsonarista reagiu com força. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, disse que cabe ao presidente do Senado apenas pautar o texto aprovado pelos deputados, e não alterar seu conteúdo. Já o senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição, condicionou qualquer acordo à inclusão expressa de Bolsonaro entre os beneficiados. “Anistia é ampla, geral e irrestrita. Vamos a voto”, cravou.
Nos bastidores, Alcolumbre mantém diálogo com ministros do STF e aliados do governo para costurar sua proposta. Ao mesmo tempo, enfrenta críticas de parlamentares do Centrão, que preferem atender ao clamor da base bolsonarista.
Enquanto isso, o Planalto observa com atenção. Para Lula, o senador do Amapá representa hoje a principal esperança de resistência dentro do regime de pesos e contrapesos, capaz de evitar que a anistia se torne um perdão indiscriminado.
O embate deve ganhar força nas próximas semanas, quando a Câmara poderá avançar no texto da anistia. Caso aprovado, o projeto seguirá para o Senado, onde a articulação de Alcolumbre promete ser decisiva para definir os rumos políticos e jurídicos do pós-8 de janeiro.
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