Política

Ex-agentes da PRF são condenados por morte de Genivaldo de Jesus Santos.

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Justiça Federal condena ex-agentes da PRF por homicídio e tortura na morte de Genivaldo de Jesus Santos, vítima de abordagem violenta em 2022.

Em matéria dos jornalistas João Pedro Pitombo e Eliene Andrade, a Folha de S.Paulo traz o desfecho de um caso de violência policial, que chocou o Brasil. Os três ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos foram condenados neste sábado (7/12), após 11 dias de julgamento na Justiça Federal de Sergipe. Genivaldo foi asfixiado durante uma abordagem policial em Umbaúba, Sergipe, em maio de 2022, quando foi colocado no porta-malas de uma viatura com gases tóxicos.

Sentenças e argumentos das defesas:

Paulo Rodolpho Lima Nascimento foi condenado a 28 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado. Já Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia receberam penas de 23 anos, um mês e nove dias por tortura seguida de morte.

As defesas sustentaram que não houve intenção de matar, argumentando que as ações dos policiais seguiam protocolos operacionais. Os advogados ainda questionaram a validade dos laudos periciais apresentados pela acusação.

Busca por justiça e dor das famílias:

Ao longo do julgamento, que incluiu o depoimento de 30 testemunhas, familiares de Genivaldo compartilharam a dor de reviver o episódio. Maria Vicente de Jesus, mãe da vítima, afirmou que a ausência do filho é insuportável e que “justiça” é a única resposta aceitável.

Na sexta-feira (6/12), familiares e manifestantes reuniram-se em frente ao fórum. Laura de Jesus, irmã de Genivaldo, declarou: “Esses dias foram difíceis, mexeram numa ferida que ainda está aberta. Só queremos justiça.”

O crime e as investigações:

Genivaldo, diagnosticado com esquizofrenia, foi parado por dirigir sem capacete.

Durante a abordagem, foi imobilizado, atingido por spray de pimenta, colocado no porta-malas de uma viatura e exposto a gases tóxicos por mais de 11 minutos, o que causou sua morte por asfixia.

Os agentes foram demitidos da PRF em agosto de 2023, após recomendação da corregedoria.

Em outubro de 2022, tornaram-se réus com base na denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que apontou abuso de autoridade e uso desproporcional da força.

O caso, que comoveu o país, reafirmou a luta por justiça e reavivou discussões sobre protocolos de segurança e direitos humanos nas ações policiais.

Fonte NBC NOTÍCIAS

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