Política

A ESQUERDA SURTANDO? PT vê chance da direita se reorganizar contra Lula caso Bolsonaro seja preso esse ano

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Lideranças petistas acreditam que o enfraquecimento de Bolsonaro abriria espaço para surgimento de novas lideranças de direita com chances reais contra Lula

A possibilidade de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro ainda em 2025 está sendo acompanhada com atenção dentro do Partido dos Trabalhadores (PT). Apesar de o partido enxergar uma eventual condenação como uma vitória institucional e política sobre o bolsonarismo, também há preocupação sobre o espaço que isso abriria para uma reorganização da direita brasileira em torno de novas lideranças para as eleições de 2026.

De acordo com interlocutores próximos à cúpula petista, há a avaliação de que a prisão de Bolsonaro poderia torná-lo uma figura “tóxica” no cenário político — abandonado por aliados e com dificuldade de transferir votos. Por outro lado, sua saída de cena poderia acelerar a consolidação de nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como alternativa viável para o eleitorado conservador.

“Sem Bolsonaro no jogo, o bolsonarismo pode minguar, mas a direita não desaparece. Ela se reorganiza”, avalia um dirigente do PT, sob reserva. A sigla acredita que figuras como Tarcísio, Romeu Zema (MG), Ratinho Jr. (PR) e Ronaldo Caiado (GO) poderiam capitalizar o vácuo deixado por Bolsonaro e lançar candidaturas com menos rejeição e mais apelo junto ao eleitorado de centro.

O secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto, declarou recentemente que uma condenação de Bolsonaro deixaria o ex-presidente “isolado politicamente” e com menor capacidade de mobilização. “Seria um ponto de inflexão. Ele passaria a ser evitado até por aliados que buscam viabilidade eleitoral”, afirmou.

A leitura é compartilhada por analistas políticos. Para o colunista Vinicius Torres Freire, da Folha de S. Paulo, a eventual queda de Bolsonaro poderia levar a direita tradicional e o Centrão a buscarem uma candidatura mais ampla, capaz de unir conservadores e moderados em torno de um projeto de poder com mais chance de vitória.

Dentro do PT, o cenário ideal seria a permanência de Bolsonaro no centro da disputa até o fim, com seu perfil radical e alto índice de rejeição contribuindo para a reeleição de Lula. Já um adversário mais moderado — ainda que conservador — pode representar um risco maior, especialmente se conseguir dialogar com setores do centro e com o eleitorado evangélico.

Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) avança nas investigações envolvendo Bolsonaro — especialmente no caso da trama golpista —, o calendário judicial será determinante para o futuro da disputa eleitoral. Uma prisão até o fim de 2025 teria impacto direto na composição do tabuleiro político de 2026.

Mesmo diante da incerteza, o PT se mantém atento. O partido sabe que a queda de um adversário pode significar o surgimento de outros, com novas estratégias, novas caras — e, possivelmente, maior capacidade de disputa.
Fonte Estadão

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