ROMPIMENTO COM QUEIROGA? Pastor Sérgio não confia no PL — e menos ainda no bolsonarismo.

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A saída do Pastor Sérgio Queiroz (NOVO) da corrida ao Senado Federal em 2026 escancarou fissuras profundas entre ele e os bastidores do bolsonarismo paraibano, especialmente no entorno do Partido Liberal (PL), comandado na Paraíba por Marcelo Queiroga e Cabo Gilberto Silva.
Segundo informações de bastidores, o estopim da ruptura foi a exclusão deliberada do pastor de uma reunião estratégica entre a cúpula do PL paraibano — Queiroga, Gilberto e o clã Morais, composto pelo ex-senador Efraim Morais (pai) e o atual senador Efraim Filho (filho). Durante esse encontro, o grupo teria oferecido o comando da legenda ao clã Morais, selando uma aliança com o Centrão e rifando de vez qualquer chance de protagonismo de Sérgio Queiroz dentro do partido.
Essa movimentação soou como traição ao pastor, que teria interpretado o gesto como o “ticket” definitivo de sua exclusão política. A mensagem era clara: não haveria espaço para ele nem na cúpula do PL, nem como candidato ao Senado.
O golpe final veio com a mudança de planos por parte de Queiroga. Inicialmente, a ideia era que Sérgio Queiroz fosse o nome ao Senado pelo PL, mas com a entrada do senador Efraim Filho no tabuleiro, tudo mudou. Como não caberiam dois candidatos ao Senado dentro da mesma sigla, o pastor acabou sendo escanteado. A oferta do partido ao clã Morais sinaliza que o PL na Paraíba optou por um projeto mais alinhado ao Centrão do que aos quadros técnicos ou ideológicos.
Além das articulações partidárias, um aspecto sempre causou estranhamento nos bastidores do bolsonarismo: o perfil independente de Sérgio Queiroz. Mesmo tendo ocupado funções relevantes em Brasília durante o governo Bolsonaro, ele nunca foi de bajular o ex-presidente ou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Evitava homenagens públicas e fazia questão de manter uma postura técnica, sem se render ao culto de personalidade que tomou conta do núcleo duro do bolsonarismo.
Esse distanciamento, somado à falta de espaço real dentro do PL, consolidou o rompimento. A desistência de sua candidatura não foi apenas um gesto de saída, mas uma crítica silenciosa — porém contundente — à forma como o bolsonarismo paraibano está sendo conduzido, cada vez mais distante de princípios e mais próximo das práticas tradicionais do fisiologismo político.
Fim do sonho? Talvez. Mas, para Sérgio Queiroz, o recado foi dado: sua fé não é moeda de troca no balcão do poder.
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