Política
Prisão de Braga Netto: PF usa vídeo e investigação sobre plano golpista ganha novas evidências.
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No vídeo, Braga Netto evita inicialmente falar com a imprensa, mas interage com um grupo de apoiadores que clamava por intervenção militar. Durante a conversa, uma manifestante questiona a situação política, e o general responde pedindo “um tempo”, afirmando que não poderia conversar naquele momento. Para a Polícia Federal, esse pedido pode ser interpretado como um indício de envolvimento do militar em articulações para um golpe de Estado.
Segundo a coluna de Paulo Cappelli, do jornal Metrópoles, seis dias antes da gravação, Braga Netto teria coordenado uma reunião em sua residência, onde supostamente foram discutidas estratégias para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O relatório da PF aponta ainda que o general estaria monitorando as ações do ministro Alexandre de Moraes e planejando sua prisão, o que poderia ser parte de uma tentativa de obstruir investigações e enfraquecer a transição de governo.
Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, nega as acusações. Ele afirma que seu pedido de “um tempo” no vídeo tinha como único objetivo acalmar os manifestantes, sem qualquer intenção golpista.
A prisão do general faz parte de uma investigação mais ampla conduzida pela Polícia Federal sobre um suposto plano golpista. A operação também apura a participação de outras figuras e organizações que poderiam ter tentado interferir na posse de Lula. O caso ainda está em andamento, com desdobramentos que podem ter impactos significativos no cenário político brasileiro.
Análise da Esquerda :
A detenção de Braga Netto reforça o foco das investigações em possíveis articulações contra a democracia brasileira. Enquanto as apurações avançam, o episódio levanta debates sobre a responsabilidade de figuras públicas e militares em momentos críticos para o país.
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