MÉDICA É DEPORTADA DOS EUA APÓS COMPARECER A FUNERAL EM BEIRUTE: Caso de Rasha Alawieh gera controvérsia.

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A Europa que tome as mesmas atitudes ou se tornará um kalifado.

A médica libanesa Dr. Rasha Alawieh, especialista em nefrologia e professora assistente da Universidade Brown, foi deportada dos Estados Unidos após retornar de Beirute, onde participou do funeral de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah. O caso gerou grande repercussão, levantando debates sobre segurança nacional, imigração e direitos individuais.
De volta a Beirute
Alawieh, que possuía um visto H-1B válido para trabalhar nos EUA, retornava de sua viagem ao Líbano quando foi detida no Aeroporto Internacional de Boston Logan. Durante a inspeção, agentes de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) examinaram seu telefone e encontraram fotos e vídeos considerados “simpáticos” ao Hezbollah, organização classificada como terrorista pelos Estados Unidos.
As imagens incluíam registros do funeral de Nasrallah e outros conteúdos ligados ao grupo militante. Segundo o Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS), a presença desse material em seu dispositivo foi suficiente para justificar a deportação imediata.
Apoio religioso ou político?
Alawieh alegou que seu envolvimento era estritamente religioso, não político. Para muitos libaneses xiitas, Hassan Nasrallah é uma figura espiritual e comunitária, e sua morte teve grande impacto no país. No entanto, as autoridades americanas entenderam que a participação no funeral, combinada com o conteúdo encontrado em seu telefone, configurava apoio a uma organização terrorista — o que é motivo para a revogação de vistos e deportação, segundo a legislação americana.
Impacto na comunidade médica
A deportação de Alawieh deixou um vazio significativo no sistema de saúde de Rhode Island, onde ela trabalhava como nefrologista de transplante — uma das poucas profissionais com essa especialização no estado. Colegas destacaram sua dedicação aos pacientes e o papel crucial que desempenhava no tratamento de doenças renais crônicas e na avaliação de candidatos a transplantes.
“Perdemos uma profissional extremamente qualificada, que fazia uma diferença real na vida de muitas pessoas”, afirmou um de seus colegas em protesto realizado em Providence, capital de Rhode Island.
Repercussão e protestos
O caso gerou indignação entre profissionais da saúde, estudantes e defensores dos direitos humanos. Manifestantes se reuniram em frente ao Capitólio Estadual de Rhode Island para protestar contra a decisão, afirmando que Alawieh foi vítima de preconceito e excesso de zelo por parte das autoridades de imigração.
“A segurança nacional é importante, mas isso não pode justificar a perseguição de pessoas inocentes que contribuem imensamente para a nossa sociedade”, declarou um dos organizadores do protesto.
O equilíbrio entre segurança e direitos
A deportação de Rasha Alawieh reacendeu o debate sobre o equilíbrio entre a segurança nacional e os direitos individuais, especialmente em relação a imigrantes qualificados que vivem e trabalham nos EUA legalmente. Para alguns, a ação das autoridades foi justificada pela necessidade de proteger o país de possíveis ameaças. Para outros, representou um ato de injustiça e discriminação, que prejudica não apenas os indivíduos afetados, mas também a sociedade americana como um todo.
Enquanto a polêmica continua, Alawieh tenta recomeçar a vida no Líbano, deixando para trás uma carreira promissora e um legado de cuidado e dedicação aos pacientes que tratou nos Estados Unidos.
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