Política


STF Sabia? O silêncio Que Ecoa no Maior Escândalo de Corrupção da História Recente.

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Denúncias indicam um esquema bilionário que envolve sindicatos, emendas parlamentares e altos escalões do poder. O Supremo permanece em silêncio.

Um esquema de corrupção que pode ultrapassar a cifra de R$ 5 trilhões. A suspeita de conivência de instituições e autoridades de todos os Poderes da República. Contratos milionários firmados por sindicatos e associações com escritórios de advocacia ligados a partidos políticos. Interferências em medidas provisórias para facilitar fraudes no INSS. Lobistas atuando nos bastidores do Congresso. Benefícios sociais desviados por quem deveria defendê-los. E, no centro de tudo isso, um silêncio ensurdecedor.

A pergunta que paira no ar é: o Supremo Tribunal Federal sabia?

A teia de suspeitas se estende por diversas áreas. O atual ministro Flávio Dino, relator de ações envolvendo emendas parlamentares no STF, aparece no centro do debate após o escritório do filho do ex-ministro Ricardo Lewandowski ser contratado por entidades implicadas. Contratos firmados após reportagens revelarem o esquema levantam dúvidas sobre possíveis articulações nos bastidores para acesso a instâncias superiores.

No Tribunal de Contas da União, o ministro Aroldo Cedraz postergou por mais de um ano a análise de processos relacionados ao caso, com nova prorrogação recente. No Ministério das Mulheres, a nomeação de Márcia Lopes, irmã de Gilberto Carvalho — nome histórico do PT e figura próxima a Lula — também acende o alerta. Foi ela quem redesenhou os critérios de recadastramento de benefícios, considerados um dos pontos-chave para o funcionamento da fraude.

A engrenagem também teria passado por bancos, Dataprev, o INSS e até por decisões legislativas: emendas à MP 871/2019 teriam fragilizado os mecanismos de controle, sob justificativa de proteção ao cidadão. Tudo aprovado com conhecimento do Congresso e sob a égide constitucional que, em última instância, é avaliada pelo STF.

As denúncias indicam que dirigentes sindicais beneficiavam-se ilegalmente de programas sociais, recebiam apoio político e jurídico, e ainda atuavam como interlocutores do governo com o INSS. Há registros de reuniões entre Lula, ministros e representantes de associações investigadas — algumas delas sem pauta definida em agendas oficiais.

Casos como o do irmão de Lula, cujo sindicato multiplicou associados e receita, além de escapar de exigências de biometria, também geram perplexidade. Por que a Polícia Federal não o investigou? Por que o chefe da PF declarou publicamente que ele não seria indiciado?

A logística do esquema também levanta questões alarmantes: 31 malas de dinheiro vivo levadas ao exterior, segundo apuração inicial. Como passaram pelos aeroportos? Havia cobertura? Agentes da PF e Infraero fizeram vista grossa? A alfândega não viu nada?

E a primeira-dama, Janja, que realiza constantes viagens internacionais em aviões da FAB, com agendas protegidas por sigilo de 100 anos, também entra no radar das suspeitas. Para quê tantos assessores em compromissos sem função pública clara? Estariam essas viagens sendo utilizadas para fins escusos?

Enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal, sempre tão ágil para cobrar explicações e afastamentos imediatos em casos de menor complexidade, permanece calado. Alexandre de Moraes, que costuma determinar ações emergenciais em até 48 horas, desta vez não agiu. Nenhum operador central do esquema foi preso preventivamente.

A cobertura da imprensa tradicional também é questionada. Parte dos veículos parece evitar aprofundar conexões mais sensíveis — como o apoio publicitário recebido pelo governo e decisões judiciais favoráveis que livraram grandes emissoras de dívidas bilionárias com o INSS.

A Controladoria-Geral da União (CGU) foi a única instituição que demonstrou ação incisiva. Todo o restante parece não ter visto, ouvido, ou — no mínimo — ignorado. A pergunta volta: o STF sabia?

Num país onde a corrupção já vitimou tantas esperanças, esse novo escândalo — que, segundo fontes, pode ser o maior já registrado — revela algo ainda mais grave: a possível participação ou omissão de quem deveria proteger a lei.

Apenas os afetados não sabiam.

Autora – Patricia Theo

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